A 10ª edição da Romaria da Terra e das Águas do Maranhão, cujo tema foi “Terra e Águas: Um clamor de Justiça” e lema “Lutar contra a morte da terra e das águas é defender a vida”, reuniu na diocese de Coroatá, entre os dias 4 e 5, milhares de pessoas vindas das mais distantes dioceses do estado.
No primeiro dia, houve a acolhida dos romeiros por diocese, com uma breve apresentação destacando os problemas vivenciados pelo povo maranhense em relação a água e a terra: agronegócio, monocultura, poluição de rios, falta de geração de emprego e a exploração do trabalho. Uma mensagem de dom Reinaldo Pünder foi lida denunciando a “destruição inescrupulosa da terra e das águas”. Representantes de diversos grupos religiosos e sociais participaram da Romaria, dentre eles, povos indígenas, afro-descendentes, mães de santo, que durante o evento manifestaram sua insatisfação com a escravidão e degradação e poluição da terra e águas.
Uma celebração eucarística foi presidida pelo presidente do Regional Nordeste 5 da CNBB (Maranhão), dom Xavier Gilles e co-celebrada por bispos do Maranhão e de outros regionais. “Não devem cair aquelas tantas pessoas que lutam em favor dos pobres, dos que não se dobraram diante dos latifundiários, mas que permaneçam lutando por suas terras”, afirmou durante a Romaria o bispo de Roraima, dom Roque Paloschi.
Ele destacou ainda a importância de “estarmos aqui como filhos e filhas dessa terra porque o nosso compromisso do batismo nos convida a não desistirmos. A Romaria é um grito de repúdio contra aqueles que contaminam a terra e as águas. Unimo-nos aos pobres e humildes para gritar contra os grandes. Viemos aqui porque queremos renovar o nosso compromisso com todos eles”.
Site CNBB, 10.09.2009