33º Domingo do Tempo Comum – 19 de Novembro de 2017 – Cor: Verde
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
1ª Leitura – Pr 31,10-13.19-20.30-31
Com habilidade trabalham as suas mãos.
Leitura do Livro dos Provérbios 31,10-13.19-20.30-31:
10 Uma mulher forte, quem a encontrará?
Ela vale muito mais do que as jóias.
11 Seu marido confia nela plenamente,
e não terá falta de recursos.
12 Ela lhe dá só alegria e nenhum desgosto,
todos os dias de sua vida.
13 Procura lã e linho,
e com habilidade trabalham as suas mãos.
19 Estende a mão para a roca e seus dedos seguram o fuso.
20 Abre suas mãos ao necessitado
e estende suas mãos ao pobre.
30 O encanto é enganador e a beleza é passageira;
a mulher que teme ao Senhor, essa sim, merece louvor.
31 Proclamem o êxito de suas mãos,
e na praça louvem-na as suas obras!
Palavra do Senhor.
Salmo – Sl 127,1-2.3.4-5 (R. 1a)
R. Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!
1 Feliz és tu se temes o Senhor*
e trilhas seus caminhos!
2 Do trabalho de tuas mãos hás de viver,*
serás feliz, tudo irá bem! R.
3 A tua esposa é uma videira bem fecunda*
no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira*
ao redor de tua mesa.R.
4 Será assim abençoado todo homem*
que teme o Senhor.
5 O Senhor te abençoe de Sião,
cada dia de tua vida;*
para que vejas prosperar Jerusalém. R.
2ª Leitura – 1Ts 5,1-6
Que esse dia não vos surpreenda como um ladrão.
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses 5,1-6:
1 Quanto ao tempo e à hora, meus irmãos,
não há por que vos escrever.
2 Vós mesmos sabeis perfeitamente
que o dia do Senhor virá como ladrão, de noite.
3 Quando as pessoas disserem: ‘Paz e segurança!’,
então de repente sobrevirá a destruição,
como as dores de parto sobre a mulher grávida.
E não poderão escapar.
4 Mas vós, meus irmãos, não estais nas trevas, de modo
que esse dia vos surpreenda como um ladrão.
5 Todos vós sois filhos da luz e filhos do dia.
Não somos da noite, nem das trevas.
6 Portanto, não durmamos, como os outros,
mas sejamos vigilantes e sóbrios.
Palavra do Senhor.
Evangelho – Mt 25,14-30
Como foste fiel na administração de tão
pouco, vem participar de minha alegria.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 25,14-30:
Naquele tempo,
Jesus contou esta parábola a seus discípulos:
14 Um homem ia viajar para o estrangeiro.
Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens.
15 A um deu cinco talentos,
a outro deu dois e ao terceiro, um;
a cada qual de acordo com a sua capacidade.
Em seguida viajou.
16 O empregado que havia recebido cinco talentos
saiu logo,
trabalhou com eles, e lucrou outros cinco.
17 Do mesmo modo, o que havia recebido dois
lucrou outros dois.
18 Mas aquele que havia recebido um só,
saiu, cavou um buraco na terra,
e escondeu o dinheiro do seu patrão.
19 Depois de muito tempo, o patrão voltou
e foi acertar contas com os empregados.
20 O empregado que havia recebido cinco talentos
entregou-lhe mais cinco, dizendo:
`Senhor, tu me entregaste cinco talentos.
Aqui estão mais cinco que lucrei’.
21 O patrão lhe disse: `Muito bem, servo bom e fiel!
como foste fiel na administração de tão pouco,
eu te confiarei muito mais.
Vem participar da minha alegria!’
22 Chegou também o que havia recebido dois talentos,
e disse:
`Senhor, tu me entregaste dois talentos.
Aqui estão mais dois que lucrei’.
23 O patrão lhe disse: `Muito bem, servo bom e fiel!
Como foste fiel na administração de tão pouco,
eu te confiarei muito mais.
Vem participar da minha alegria!’
24 Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento,
e disse: `Senhor, sei que és um homem severo,
pois colhes onde não plantaste
e ceifas onde não semeaste.
25 Por isso fiquei com medo
e escondi o teu talento no chão.
Aqui tens o que te pertence’.
26 O patrão lhe respondeu: `Servo mau e preguiçoso!
Tu sabias que eu colho onde não plantei
e que ceifo onde não semeei?
27 Então devias ter depositado meu dinheiro no banco,
para que, ao voltar,
eu recebesse com juros o que me pertence.’
28 Em seguida, o patrão ordenou:
`Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez!
29 Porque a todo aquele que tem
será dado mais, e terá em abundância,
mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado.
30 Quanto a este servo inútil,
jogai-o lá fora, na escuridão.
Ali haverá choro e ranger de dentes!’
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Papa Francisco
Audiência geral de 05/06/2013 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana rev.)
«Fazei render a mina«
Hoje gostaria de meditar sobre a questão do meio ambiente, como já pude fazer em diversas circunstâncias […]. Quando falamos de meio ambiente, da criação, vêm ao meu pensamento as primeiras páginas da Bíblia, o Livro do Gênesis, onde se afirma que Deus colocou o homem e a mulher na Terra para que a cultivassem e conservassem (cf 2,15). E surgem-me estas perguntas: O que quer dizer cultivar e conservar a terra? Estamos verdadeiramente cultivando e conservando a criação? Ou estamos a explorá-la e a descuidá-la? O verbo «cultivar» faz vir à minha mente o cuidado que o agricultor tem pela sua terra, a fim de que produza fruto e de que este seja compartilhado: quanta atenção, paixão e dedicação!
Cultivar e conservar a criação é uma indicação de Deus, dada não só no início da história, mas a cada um de nós; faz parte do seu desígnio; significa fazer com que o mundo se desenvolva com responsabilidade, transformá-lo para que seja um jardim, um lugar habitável para todos. Bento XVI recordou várias vezes que esta tarefa que nos foi confiada por Deus Criador requer a compreensão do ritmo e da lógica da criação.
Nós, ao contrário, somos frequentemente levados pela soberba do domínio, da posse, da manipulação e da exploração; não a «conservamos», não a respeitamos e não a consideramos como um dom gratuito do qual temos de cuidar. Estamos perdendo a atitude do encanto, da contemplação, da escuta da criação; e assim já não conseguimos entrever nela aquilo que Bento XVI define como «o ritmo da história de amor de Deus com o homem». Porque acontece isto? Porque pensamos e vivemos de modo horizontal; afastamo-nos de Deus e não lemos os seus sinais.
Mas o «cultivar e conservar» não abrange apenas a relação entre nós e o meio ambiente, […] mas refere-se também às relações humanas. […] Estamos vivendo um momento de crise; vemo-lo no meio ambiente, mas principalmente no homem. A pessoa humana está em perigo: isto é certo, hoje a pessoa humana está em perigo, eis a urgência da ecologia humana!
Neste mês de novembro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguinte intenção:
Universal: Ao serviço da paz
Para que a linguagem do coração e do diálogo prevaleça sempre sobre a linguagem das armas.