Dia 06 de agosto de 2018 – Transfiguração do Senhor (B) . Festa – Cor: Branco
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
1ª Leitura – Dn 7,9-10.13-14
Serviam-no milhares de milhares.
Leitura da Profecia de Daniel 7,9-10.13-14:
9 Eu continuava olhando
até que foram colocados uns tronos,
e um Ancião de muitos dias aí tomou lugar.
Sua veste era branca como neve
e os cabelos da cabeça, como ló pura;
seu trono eram chamas de fogo,
e as rodas do trono, como fogo em brasa.
10 Derramava-se aí um rio de fogo
que nascia diante dele;
serviam-no milhares de milhares,
e milhões de milhões assistiam-no ao trono;
foi instalado o tribunal
e os livros foram abertos.
13 Continuei insistindo na visão noturna,
e eis que, entre as nuvens do céu,
vinha um como filho de homem,
aproximando-se do Ancião de muitos dias,
e foi conduzido à sua presença.
14 Foram-lhe dados poder, glória e realeza,
e todos os povos, nações e línguas o serviam:
seu poder é um poder eterno
que não lhe será tirado,
e seu reino, um reino que não se dissolverá.
Palavra do Senhor.
Salmo – Sl 96(97),1-2.5-6.9 (R. 1a.9a)
R. Deus é Rei, é o Altíssimo,
muito acima do universo.
1 Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, *
e as ilhas numerosas rejubilem!
2 Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, *
que se apóia na justiça e no direito.R.
5 As montanhas se derretem como cera *
ante a face do Senhor de toda a terra;
6 e assim proclama o céu sua justiça, *
todos os povos podem ver a sua glória.R.
9 Porque vós sois o Altíssimo, Senhor, +
muito acima do universo que criastes, *
e de muito superais todos os deuses.R.
Evangelho – Mc 9,2-10
Este é meu Filho amado.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 9,2-10:
Naquele tempo:
2 Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João,
e os levou sozinhos a um lugar à parte
sobre uma alta montanha.
E transfigurou-se diante deles.
3 Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas
como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar.
4 Apareceram-lhe Elias e Moisés,
e estavam conversando com Jesus.
5 Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus:
‘Mestre, é bom ficarmos aqui.
Vamos fazer três tendas:
uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias.’
6 Pedro não sabia o que dizer,
pois estavam todos com muito medo.
7 Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra.
E da nuvem saiu uma voz:
‘Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!’
8 E, de repente, olhando em volta,
não viram mais ninguém,
a não ser somente Jesus com eles.
9 Ao descerem da montanha,
Jesus ordenou que não contassem a ninguém
o que tinham visto,
até que o Filho do Homem
tivesse ressuscitado dos mortos.
10 Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si
o que queria dizer ‘ressuscitar dos mortos’.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São João Damasceno (c. 675-749)
monge, teólogo, doutor da Igreja
Homilia para a festa da Transfiguração; PG 96, 545
«Levou-os, em particular, a um alto monte»
Outrora, no monte Sinai, o fumo, a tempestade, a escuridão e o fogo (Ex 19,16s) revelaram a extrema condescendência de Deus, anunciando que Aquele que dava a Lei era inacessível […] e que o Criador Se fazia conhecer pelas suas obras. Agora, porém, tudo está cheio de luz e de esplendor. Porque o artífice e senhor de todas as coisas veio do seio do Pai. Não abandonou a morada que Lhe pertencia, isto é, o seu assento no seio do Pai, mas desceu para estar com os escravos, tomando a condição de servo e tornando-Se homem na sua natureza e no seu comportamento (Fl 2,7), para que Deus, que é incompreensível para os homens, pudesse ser compreendido.
Por Si e em Si, Ele mostra o esplendor da natureza divina. Outrora, Deus tinha estabelecido o homem em união com a sua própria graça. Quando insuflou o espírito de vida no novo homem formado do barro, quando lhe comunicou o que tinha de melhor, honrou-o com a sua própria imagem e semelhança (Gn 1,27). Deu-lhe o Paraíso como morada e fez dele irmão dos anjos.
Mas, como nós fizemos desaparecer a imagem divina debaixo da lama dos nossos desejos desregrados, o Misericordioso decidiu-Se a uma segunda comunhão conosco, muito mais segura e extraordinária do que a primeira: permanecendo na elevação da sua divindade, aceitou também o que está abaixo dela, criando em Si mesmo a natureza humana; deste modo, misturou o arquétipo com a imagem e, nela, mostrou a sua própria beleza.
O seu rosto resplandece como o sol porque, na sua divindade, Ele identifica-Se com a luz imaterial; por isso, tornou-Se o Sol de justiça (Ml 3,20). Mas as suas vestes tornaram-se brancas como a neve porque receberam a glória por revestimento e não por união, por relação e não por natureza. E «uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra», tornando sensível o resplendor do Espírito.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de agostos rezemos na seguinte intenção:
Universal: As famílias, um tesouro
Para que as grandes escolhas econômicas e políticas protejam a família como um tesouro da humanidade.