Dia 01 de agosto de 2018 – 4ª-feira da 17ª Semana do Tempo Comum – Sto. Afonso Maria de Ligório, BDr., memória – Cor: Branco
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
1ª Leitura – Jr 15,10.16-21
Por que se tornou eterna minha dor? –
Se te converteres, converterei teu coração,
para te sustentares em minha presença.
Leitura do Livro do Profeta Jeremias 15,10.16-21
10 Ai de mim, minha mãe,
que me geraste um homem de controvérsia,
um homem em discórdia com toda a gente!
Não emprestei com usura nem ninguém me emprestou,
e contudo todos me amaldiçoam.
16 Quando encontrei tuas palavras, alimentei-me,
elas se tornaram para mim
uma delícia e a alegria do coração,
o modo como invocar teu nome sobre mim,
Senhor Deus dos exércitos.
17 Não costumo freqüentar a roda dos folgazões
e gabo-me disso;
fiquei a sós, sob o influxo de tua presença
e cheio de indignação.
18 Por que se tornou eterna minha dor,
por que não sara minha chaga maligna?
Para mim te tornaste como miragem de um regato,
como visão d’águas ilusórias.
19 Ainda assim, isto diz-me o Senhor:
‘Se te converteres, converterei teu coração,
para te sustentares em minha presença;
se souberes separar o precioso do vil,
falarás por minha boca;
os outros voltarão para ti,
e tu não voltarás para eles.
20 Em favor deste povo, farei de ti
uma muralha de bronze fortificada;
combaterão contra ti, mas não prevaleceróo,
porque eu estou contigo
para te salvar e te defender,
diz o Senhor.
21 Eu te libertarei das mãos dos perversos
e te salvarei dos prepotentes’.
Palavra do Senhor.
Salmo – Sl 58,2-3. 4-5a. 10-11. 17. 18 (R. 17d)
R. Sois meu refúgio no dia da aflição.
2 Libertai-me do inimigo, ó meu Deus, *
e protegei-me contra os meus perseguidores!
3Libertai-me dos obreiros da maldade, *
defendei-me desses homens sanguinários! R.
4 Eis que ficam espreitando a minha vida, *
poderosos armam tramas contra mim.
5a Mas eu, Senhor, não cometi pecado ou crime.R.
10 Minha força, é a vós que me dirijo, +
porque sois o meu refúgio e proteção, *
11 Deus clemente e compassivo, meu amor!
Deus virá com seu amor ao meu encontro, *
e hei de ver meus inimigos humilhados.R.
17 Eu, então, hei de cantar vosso poder, *
e de manhã celebrarei vossa bondade,
porque fostes para mim o meu abrigo, *
o meu refúgio no dia da aflição.R.
18 Minha força, cantarei vossos louvores, +
porque sois o meu refúgio e proteção, *
Deus clemente e compassivo, meu amor! R.
Evangelho – Mt 13,44-46
Vende todos os seus bens e compra aquele campo.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 13,44-46:
Naquele tempo, disse Jesus à multidão:
44 ‘O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo.
Um homem o encontra e o mantém escondido.
Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens
e compra aquele campo.
45 O Reino dos Céus também é como um comprador
que procura pérolas preciosas.
46 Quando encontra uma pérola de grande valor,
ele vai, vende todos os seus bens
e compra aquela pérola.
Palavra da Salvação.
Comentáro do dia
São Boaventura (1221-1274)
franciscano, doutor da Igreja
Vida de São Francisco, Legenda major, cap. 7
A pérola de grande valor
De entre os dons espirituais recebidos da generosidade de Deus, Francisco obteve em particular o de enriquecer constantemente o seu tesouro de simplicidade graças ao seu amor pela extrema pobreza. Vendo que aquela que tinha sido a companheira habitual do Filho de Deus se tornara, nessa altura, objeto de aversão universal, tomou a peito desposá-la e devotou-lhe um amor eterno.
Não satisfeito em deixar por ela pai e mãe (cf Gn 2,24), distribuiu pelos pobres tudo o que tinha (cf Mt 19,21). Nunca ninguém guardou tão ciosamente o seu dinheiro como Francisco guardou a sua pobreza; nunca ninguém vigiou o seu tesouro com maior cuidado que o que ele colocou em guardar esta pérola de que fala o Evangelho.
Nada o magoava mais do que encontrar nos seus irmãos algo que não fosse perfeitamente conforme à pobreza dos religiosos. Pessoalmente, desde o princípio da sua vida como religioso até à morte, não teve senão uma túnica, uma corda a servir de cinto e umas bragas como riqueza; não precisava de mais nada. Acontecia-lhe muitas vezes chorar ao pensar na pobreza de Cristo Jesus e na de sua Mãe; e dizia: «Aqui está a razão pela qual a pobreza é a rainha das virtudes: pelo esplendor com que brilhou no “Rei dos reis” (1Tm 6,15) e na Rainha sua Mãe».
Quando os irmãos lhe perguntaram um dia qual era a virtude que nos torna mais amigos de Cristo, ele respondeu abrindo-lhes, por assim dizer, o segredo do seu coração: «Sabei, irmãos, que a pobreza espiritual é o caminho privilegiado para a salvação, visto que é a seiva da humildade e a raiz da perfeição; os seus frutos são incontáveis, embora ocultos. Ela é esse tesouro escondido num campo do qual nos fala o Evangelho, pelo qual é necessário vender tudo o resto e cujo valor deve impelir-nos a desprezar todas as outras coisas».
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês rezemos na seguinte intenção:
Universal: As famílias, um tesouro
Para que as grandes escolhas econômicas e políticas protejam a família como um tesouro da humanidade.