Leitura da Palavra: MC 16, 15-18:
“15. Então Jesus disse-lhes: ‘Vão pelo mundo inteiro e anunciem a Boa Notícia para toda a humanidade.
16. Quem acreditar e for batizado, será salvo. Quem não acreditar, será condenado.
17. Os sinais que acompanharão aqueles que acreditam são estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas;
18. se pegarem cobras ou beberem algum veneno, não sofrerão nenhum mal; quando colocarem as mãos sobre os doentes, estes ficarão curados.”
No batismo somos apresentados a nossa Igreja e passamos a fazer parte de um povo que professa sua fé na Santíssima Trindade. Este povo, esta Igreja, tem por compromisso anunciar a Palavra de Deus, mas também precisa praticá-La. Jesus diz aos seus discípulos: “Ide e ensinai o Evangelho a todos os povos”. Obedientemente, a vontade de Deus é atendida e propagada.
A Igreja nos propõe, pela Pastoral da Sobriedade, o Programa de Vida Nova que nos orienta vivenciar o batismo, comprometendo-nos com a fé e a vida. Hoje, um pouco mais conscientes que ontem, estamos professando a nossa fé, dando testemunho da Ressurreição de Cristo em nosso dia-a-dia, pois Ele restaura nossas forças e aumenta o desejo de testemunhá-Lo, evangelizando-nos para evangelizar.
É necessário perceber sobre a importância de nos trabalharmos primeiramente para estarmos prontos para a evangelização. Devemos nos preparar para ir à busca de ovelhas perdidas. Portanto, este é o momento de fazermos uma introspecção e avaliarmos como está o nosso coração. Como estamos lidando com as nossas próprias dificuldades e principalmente se as nossas orações estão acontecendo apenas na forma de buscar refúgio dos acontecimentos que nos ferem.
Assumir a proposta de evangelização significa deslocar-se da própria pequenez e ser atuante, participante, testemunho, exemplo deste Evangelho de Jesus. Se somos capazes de segui-Lo, também podemos resgatar quem está sem orientação. Podemos alçar nosso desejo em razão das necessidades do outro. Os desafios são inúmeros, pois não sabemos o que se passa na vida do nosso irmão flagelado pelas drogas.
Enquanto se discorre uma lista de adjetivos negativos sobre estas pessoas, nosso papel torna-se ainda maior porque temos que nos desnudar destes conceitos para enxergar a pessoa sem espaço, sem confiança, sem valor, sem amor, mas que é percebido apenas pelos adjetivos que o pejoram. Porém, nem sempre estas pessoas conseguem se desvencilhar das suas fraquezas, e por isto, a razão da nossa preparação, para que possamos propor-lhes o caminho de Jesus Cristo Libertador, o único que verdadeiramente pode transformar a realidade de morte em vida.
Não devemos desanimar quando fazem opções diferentes da nossa, mas sentir segurança nas nossas escolhas, fazer uma recapitulação da pessoa que éramos e como transformamos as nossas relações, tornando-nos mais firmes, mais exigentes na verdade, mais comprometidos com a vida, mais sinceros com os nossos sentimentos, renunciantes daquilo que nos prejudica.
Como criatura nova, o nosso externo também muda através da linguagem, da aparência, do comportamento, da vivência em família, da solidariedade. A sobriedade ajuda-nos a abandonar o homem velho, ainda que com dificuldades de nos desvincularmos de alguns apegos completamente desnecessários. Professando a nossa fé, temos condições de ser este novo ser entre aqueles que ainda não conhecem o Programa de Vida Nova. Jesus andava com os pecadores, porem não fazia o que eles faziam. Jesus professava a fé fazendo dos excluídos e marginalizados os seus preferidos. Professando a fé venceremos as tentações, o veneno do mal. Ajudaremos, pelo nosso testemunho, a encontrar um novo caminho, de conversão e perseverança.
* Ouça também o Programa de Rádio “Sobriedade em Cristo” que vai ao ar pela Rádio Arca da Aliança – AM 1260 (todas as segundas-feiras, às 12h30)
http://www.radios.com.br/aovivo/Radio-Arca-da-Alianca-1260-AM/18403
Malena Andrade – Psicóloga assessora da Pastoral da Sobriedade na Diocese de Blumenau