Leitura da Palavra: Sl 22, 1-6:
“1. Salmo de Davi. O Senhor é meu pastor, nada me faltará.
2. Em verdes prados Ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes,
3. restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos Ele me leva, por amor do seu nome.
4. Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estás comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo.
5. Preparais para mim a mesa à vista de meus inimigos. Derramais o perfume sobre minha cabeça, e transborda a minha taça.
6. A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias.”
Vivemos dias inseguros, onde nossa mente é explorada pelas propagandas inteligentes, nossos ouvidos são forçados a escutar um barulho que atiça os nervos, nossos olhos enxergam situações cada vez mais calamitosas. Diante desse enfrentamento é oportuno lembrar que este Salmo traz palavras de esperança, de conforto, afirmações que faz sentido depositar nossa confiança em Deus.
Sim, é necessário confiar neste Pastor que nos apresenta dentro do Programa de Vida Nova da Pastoral da Sobriedade uma condição de rever a vida, na qual restauramos a dignidade de caminhar, assumindo o nosso papel como ser humano enquanto que pai, mãe, irmão, companheiro, amigo, com fidelidade no coração.
A chama da fé precisa ser alimentada para que possamos alcançar a vitória incondicional do bem. Todavia, deve-se acontecer o exercício desta fé, que está ligado às nossas atitudes. Como acreditar em algo se não abrimos o nosso coração para que nele adentre essa vontade que vem de Deus? Portanto, ainda que tenhamos anseios, más vontades, compulsões, comentários negativos, preguiças, ainda que nos sintamos como se remássemos contra a correnteza, nada devemos temer.
O mal tomou grandes proporções no mundo inteiro e se nos alimentamos com o que é desnecessário, vamos abrindo espaço para que outras situações aconteçam, onde passamos a nos sentir impulsionados, a agir igual a todos os outros. Se estamos desgarrados, façamos silêncio no nosso coração e através das orações procuremos ouvir o que nos quer falar o nosso Pastor. N’Ele podemos confiar, pois quando O buscamos permanecemos amparados.
Mesmo que encontremos ciladas, mesmo que nos deparemos com catástrofes, com pessoas até mais perdidas que nós, que tenta nos convencer das coisas contrárias, tracemos o nosso objetivo que é ir ao encontro de Deus pelo Cristo Libertador. Temos a nosso favor ou nossa condenação as nossas opções, os nossos desejos e as nossas ações. É a nossa perseverança, nossa certeza, nossa firmeza que vai nos dar o suporte necessário para que possamos dar um testemunho de fidelidade, de conversão, de verdadeiros filhos, que quer juntar-se ao rebanho e quer unir, fazendo do seu caminho o caminho do próprio Pai.
Malena Andrade – Psicóloiga assessora da Pastoral da Sobriedade na Diocese de Blumenau