Dia 08 abril de 2018 – 2º Domingo da Páscoa (Divina Misericórdia)
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
Evangelho segundo S. João 20,19-31:
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco».
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor.
Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós».
Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo:
àqueles a quem perdoardes os pecados, eles serão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes serão retidos».
Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei».
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco».
Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente».
Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!».
Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto».
Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro.
Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.
Comentário do dia
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 258
«E Deus disse: “Faça-se a luz”» (Gn 1,3)
«Este é o dia que o Senhor fez» (Sl 117,24). Lembrai-vos do estado em que se encontrava o mundo no princípio: «As trevas cobriam o abismo, e o Espírito de Deus movia-Se sobre a superfície das águas. Deus disse: “Faça-se a luz”. E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. Deus chamou dia à luz e às trevas noite» (Gn 1,2s) […] «Este é o dia que o Senhor fez». É o dia de que fala o apóstolo Paulo: «Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor» (Ef 5,8). […]
Tomé era um dos discípulos, um homem da multidão, por assim dizer. Os seus irmãos disseram-lhe: «Vimos o Senhor». E ele: «Se eu não tocar, se não meter o meu dedo no seu lado, não acreditarei». Os evangelistas trazem-te a novidade, e tu não acreditas? O mundo acreditou e um discípulo não acreditou? […] Ainda não tinha chegado esse dia que o Senhor fez; as trevas estavam ainda sobre o abismo, nas profundezas do coração humano, que estava mergulhado na noite. Que venha, pois, Esse que é o sinal do dia, que Ele venha e que diga com paciência, com doçura, sem cólera, Ele que cura: «Vem. Vem, toca aqui e acredita. Tu declaraste: “Se não tocar, se não meter o meu dedo, não acreditarei”. Pois vem e toca, mete o teu dedo e não sejas incrédulo, mas crente. Eu conhecia as tuas feridas, por isso guardei a minha cicatriz para que pudesses vê-la».
Aproximando a sua mão, o discípulo pôde completar a sua fé. Qual é, com efeito, a plenitude da fé? É acreditar que Cristo não é somente homem, não é somente Deus, mas é homem e Deus. […] Assim, o discípulo ao qual o Salvador deu a tocar os membros do seu corpo e as suas cicatrizes exclamou: «Meu Senhor e meu Deus!» Ele tocou o homem e reconheceu Deus. Tocou a carne e voltou-se para a Palavra, porque «a Palavra fez-Se carne e habitou entre nós» (Jo 1,14). A Palavra suportou que a sua carne fosse suspensa na cruz […]; a Palavra suportou que a sua carne fosse colocada no túmulo. A Palavra ressuscitou na sua carne, mostrou-a aos olhos dos seus discípulos, prestou-Se a ser tocada pelas suas mãos. Eles tocaram-na, e exclamaram: «Meu Senhor e meu Deus!»
Este é o Dia que o Senhor fez.
Neste mês de abril, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção
Universal: Responsáveis da economia
Para que os responsáveis pelo planejamento e pela gestão da economia tenham a coragem de rejeitar uma economia da exclusão e saibam abrir novos caminhos.