Dia 26 de março de 2018 – Segunda-feira DA SEMANA SANTA
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
Evangelho segundo S. João 12,1-11:
Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde vivia Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos.
Ofereceram-Lhe lá um jantar: Marta andava a servir e Lázaro era um dos que estavam à mesa com Jesus.
Então Maria tomou uma libra de perfume de nardo puro, de alto preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com os cabelos; e a casa encheu-se com o perfume do bálsamo.
Disse então Judas Iscariotes, um dos discípulos, aquele que havia de entregar Jesus:
«Porque não se vendeu este perfume por trezentos denários, para dar aos pobres?»
Disse isto, não porque se importava com os pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa comum, tirava o que nela se lançava.
Jesus respondeu-lhe: «Deixa-a em paz: ela tinha guardado o perfume para o dia da minha sepultura.
Pobres, sempre os tereis convosco; mas a Mim, nem sempre Me tereis».
Soube então grande número de judeus que Jesus Se encontrava ali e vieram, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos.
Entretanto, os príncipes dos sacerdotes resolveram matar também Lázaro,
porque muitos judeus, por causa dele, se afastavam e acreditavam em Jesus.
Comentário do dia
São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
10.º sermão sobre o Cântico dos Cânticos
«A casa encheu-se com o perfume do bálsamo»
«O aroma dos teus perfumes é requintado», lê-se no Cântico dos Cânticos (1,3). Distingo ali várias espécies […]: o pefume da contrição, o da piedade e o da compaixão. […] Há, pois, um primeiro perfume que a alma compõe para seu próprio uso quando, apanhada numa rede de numerosas faltas, começa a refletir sobre o seu passado. Reúne então, no cadinho da sua consciência, para os juntar e esmagar, os múltiplos pecados que cometeu; e, na fornalha do seu amor ardente, fá-los cozer no fogo da penitência e da dor. […] É com este perfume que a alma pecadora deve cobrir os inícios da sua conversão e ungir as chagas recentes; porque o primeiro sacrifício que se há de oferecer a Deus é o de um coração arrependido. Enquanto a alma, pobre e miserável, não possuir com que compor um unguento mais precioso, não deve neglicenciar preparar aquele, ainda que o faça com vis matérias-primas. Pois Deus não desprezará um coração que se humilha na contrição (Sl 50,19). […]
Aliás, esse perfume invisível e espiritual não poderá parecer-nos de fraca qualidade, se compreendermos que ele é simbolizado pelo pefume que, segundo o Evangelho, a pecadora deitou sobre os pés do Senhor. Com efeito, lemos que «a casa encheu-se com o perfume do bálsamo». […] Lembremo-nos do perfume que invade toda a Igreja no momento da conversão de um único pecador; todo o penitente que se arrepende torna-se para a multidão como que um odor de vida que a desperta. O aroma da penitência sobe até às moradas celestes, uma vez que, segundo a Escritura, o arrependimento de um só pecador é uma grande alegria para os anjos de Deus (Lc 15,10).
Neste mês de março, nosso Papa Francisco pede-nos que rezemos nas seguintes intenções:
Pela evangelização: Formação para o discernimento espiritual
Para que toda a Igreja reconheça a urgência da formação para o discernimento espiritual, a nível pessoal e comunitário.