Dia 24 de março de 2018 – Sábado da 5ª semana da Quaresma
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
Evangelho segundo S. João 11,45-56:
Naquele tempo, muitos judeus que tinham vindo visitar Maria, para lhe apresentarem condolências pela morte de Lázaro, ao verem o que Jesus fizera, ressuscitando-o dos mortos, acreditaram nEle.
Alguns deles, porém, foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito.
Então os príncipes dos sacerdotes e os fariseus reuniram conselho e disseram: «Que havemos de fazer, uma vez que este homem realiza tantos milagres?
Se O deixamos continuar assim, todos acreditarão nEle; e virão os romanos destruir-nos o nosso Lugar santo e toda a nação».
Então Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não sabeis nada.
Não compreendeis que é melhor para nós morrer um só homem pelo povo do que perecer a nação inteira?»
Não disse isto por si próprio; mas, porque era sumo sacerdote nesse ano, profetizou que Jesus havia de morrer pela nação;
e não só pela nação, mas também para congregar na unidade todos os filhos de Deus que andavam dispersos.
A partir desse dia, decidiram matar Jesus.
Por isso Jesus já não andava abertamente entre os judeus, mas retirou-Se para uma região próxima do deserto, para uma cidade chamada Efraim, e aí permaneceu com os discípulos.
Entretanto, estava próxima a Páscoa dos judeus e muitos subiram da província a Jerusalém, para se purificarem, antes da Páscoa.
Procuravam então Jesus e perguntavam uns aos outros no templo: «Que vos parece? Ele não virá à festa?»
Comentário do dia
São Roberto Belarmino (1542-1621), jesuíta, bispo, doutor da Igreja
A ascensão da alma para Deus
«A partir desse dia, decidiram matar Jesus.»
Ó Senhor, aquilo que nos ensinas poderia parecer excessivamente difícil, excessivamente pesado, se nos falasses de outra tribuna; mas, dado que nos instruís mais pelo exemplo que pela palavra, Tu que és «Mestre e Senhor» (Jo 13,14), como ousaremos dizer o contrário, nós que somos teus servos e teus discípulos? Aquilo que dizes é perfeitamente verdadeiro, aquilo que ordenas perfeitamente justo, e a cruz de onde nos falas o atesta. Atesta-o igualmente o sangue que corre a jorros e que brada ao céu (Gn 4,10), e por fim, também esta morte: se por ela se rasgou o véu do templo e se abriram fendas nas mais duras rochas (Mt 27,51), como não fará o mesmo, e mais ainda, ao coração dos crentes, levando-os a submeter-se?
Senhor, queremos pagar-Te amor com amor; e, se o desejo de Te seguir não procede ainda do nosso amor a Ti, porque este é fraco, que proceda ao menos do nosso amor ao teu amor. Se nos atrais a Ti, «corremos ao odor do teu perfume» (Ct 1,4): não desejamos apenas amar-Te e seguir-Te, mas estamos decididos a desprezar este mundo […] quando vemos que Tu, o nosso Mestre, não tomaste para Ti as alegrias deste mundo. Vemos-Te afrontar a morte, não numa cama, mas no lenho onde se fez justiça; sendo rei, não queres outro trono senão este patíbulo. […] Movidos pelo teu exemplo de rei cheio de sabedoria, recusamos o apelo deste mundo e dos seus luxos e, tomando a tua cruz sobre os nossos ombros, propomo-nos seguir-Te, só a Ti. […] Dá-nos somente a ajuda de que precisamos, dá-nos força para Te seguirmos.
Neste mês de março, nosso Papa Francisco pede-nos que rezemos nas seguintes intenções:
Para que toda a Igreja reconheça a urgência da formação para o discernimento espiritual, a nível pessoal e comunitário.