Dia 23 de março de 2018 – Sexta-feira da 5ª semana da Quaresma
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
Evangelho segundo S. João 10,31-42:
Naquele tempo, os judeus agarraram em pedras para apedrejarem Jesus.
Então Jesus disse-lhes: «Apresentei-vos muitas boas obras, da parte de meu Pai. Por qual dessas obras Me quereis apedrejar?»
Responderam os judeus: «Não é por qualquer boa obra que Te queremos apedrejar: é por blasfêmia, porque Tu, sendo homem, Te fazes Deus».
Disse-lhes Jesus: «Não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: vós sois deuses’?
Se a Lei chama ‘deuses’ a quem a palavra de Deus se dirigia, e a Escritura não pode abolir-se
de Mim, que o Pai consagrou e enviou ao mundo, vós dizeis: ‘Estás blasfemando’, por Eu ter dito: ‘Sou Filho de Deus’!»
Se não faço as obras de meu Pai, não acrediteis.
Mas se as faço, embora não acrediteis em Mim, acreditai nas minhas obras, para reconhecerdes e saberdes que o Pai está em Mim e Eu estou no Pai».
De novo procuraram prendê-lO, mas Ele escapou-Se das suas mãos.
Jesus retirou-Se novamente para além do Jordão, para o local onde anteriormente João tinha estado para batizar e lá permaneceu.
Muitos foram ter com Ele e diziam: «É certo que João não fez nenhum milagre, mas tudo o que disse deste homem era verdade».
E muitos ali acreditaram em Jesus.
Comentário do dia
São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Sermões diversos, n.° 22
«Apresentei-vos muitas boas obras, da parte de meu Pai. Por qual dessas obras Me quereis apedrejar?»
A Cristo Jesus deves toda a tua vida, uma vez que Ele deu a sua vida pela tua e suportou amargos tormentos para que tu não suportes os tormentos eternos. […] Quando tiveres reunido no teu coração todas as amarguras do teu Senhor, qualquer coisa que tenhas de sofrer te parecerá leve! […] Assim como é grande a distância dos céus à Terra (Is 55,9), assim a sua vida dista da nossa vida; e, contudo, foi dada por ela. E assim como o nada não pode ser comparado a coisa alguma, assim a nossa vida não tem proporção com a sua. […]
Quando Lhe tiver consagrado tudo o que sou, tudo o que posso, o que Lhe dou será como uma estrela comparada com o sol, uma gota de água comparada com um rio, uma pedrinha com uma torre, um grão de areia com uma montanha. Só tenho duas coisas pequenas, mesmo muito diminutas: o meu corpo e a minha alma; ou antes, uma única coisa: a minha vontade. E não a darei Àquele que cumulou de tantos benefícios um ser tão pequeno como eu, Àquele que, entregando-Se inteiramente, inteiramente me resgatou? Se reservasse a minha vontade para mim, com que cara, com que olhos, com que espírito, com que consciência iria refugiar-me junto do coração de misericórdia do nosso Deus? Ousaria penetrar nessa muralha fortíssima que guarda Israel, e fazer correr, como preço do meu resgate, não umas gotas, mas as golfadas desse sangue que corre das cinco partes do seu corpo?
Neste mês de março, nosso Papa Francisco pede-nos que rezemos nas seguintes intenções:
Pela evangelização: Formação para o discernimento espiritual
Para que toda a Igreja reconheça a urgência da formação para o discernimento espiritual, a nível pessoal e comunitário.