Oração da Sobriedade
1. “Senhor, Admito minha dependência dos vícios e pecados e que sozinho não posso vencê-los. Liberta-me!
2. Senhor, Confio em Ti, ouve o meu clamor. Cura-me!
3. Senhor, Entrego minha vida, minhas dependências em Tuas mãos. Espero em Ti. Aceita-me!
4. Senhor, Arrependido de tudo que fiz, quero voltar para a tua graça, para a casa do Pai. Acolhe-me!
5. Senhor, Confesso meus pecados, e publicamente, peço Teu perdão e o perdão dos meus irmãos. Absolve-me!
2. Senhor, Renasço no Teu Espírito, para a Sobriedade. O homem velho passou, eis que sou uma criatura nova. Batiza-me!
2. Senhor, Reparo financeira e moralmente a todos que, na minha dependência, eu prejudiquei. Ajuda-me a resgatar a minha dignidade e a confianças dos meus. Restaura-me!
2. Senhor, Professo que creio na Santíssima Trindade e peço a ajuda da Igreja, com a interseção de todos os santos. Instrui-me na Tua Palavra!
2. Senhor, Orando e Vigiando para não cair em tentação, seremos perseverantes nos Teus ensinamentos. Dá-me a Tua Paz!
2. Senhor, Servindo em Ti, a exemplo de Maria, nossa mãe e mãe de todos, queremos, gratuitamente, fazer dos excluídos os nossos preferidos, através da Pastoral da Sobriedade.
2. Senhor, Celebrando a Eucaristia, em comunidade com os irmãos, teremos força e graça, para perseverarmos nesta caminhada. Alimenta-nos no corpo e Sangue de Jesus!
2. Senhor, Festejando os 12 passos para a Sobriedade Cristã, irmanados com todos, na mesma esperança, por uma vida sem drogas, queremos partilhar e anunciar Jesus Cristo Redentor, pelo nosso testemunho. Amém.”
Sobriedade e Paz só por hoje, graças a Deus! É tudo o que precisamos, viver o dia de hoje. Chegamos ao final de mais um ciclo do Programa de Vida Nova que direciona, através da Palavra, a Pastoral da Sobriedade. Os grupos de autoajuda acontecendo na Paróquia, contribui para reestruturar vidas, não apenas se mantendo em abstinência, mas promovendo a própria reconciliação com a Trindade Santa. Acontece um lento processo de conversão e não poderia deixar de ser, pois como ovelhas perdidas, nos encontrávamos ao chegar aqui e sabemos o quanto foi difícil reconhecer sobre as nossas falhas. O milagre se dá pela nossa forma de entendimento a respeito das inúmeras situações que nos rodeiam e como vamos lidar com elas.
A nossa comunidade acolhe sem distinção, dá a conhecer os fatos sem distinção, mas direciona com distinção, porque cada pessoa terá a sua maneira de livrar-se do seu vício. Sendo assim, não podemos deixá-los de lado se tiverem outras crenças, ou se forem soro positivo, ou ainda se tiverem tendências homossexuais. Há também os que já foram detentos, que estão com pendência na justiça, e os de rua. E o que nos fala o Pai sobre os excluídos? Temos de fazer algo de concreto já.
Quanto ao Programa de Vida Nova trabalhados nos grupos de alto-ajuda, esta é mais uma das opções que oferecemos para todos aqueles que buscam essa orientação, inclusive para os familiares, que necessitam de tanta atenção quanto o seu dependente. Contudo, seja qual for o investimento que se resolva fazer, se não seguir as orientações, não há como dar certo. Assim o é também com a Caminhada dos Doze Passos, que se baseia na pedagogia do Cristo Libertador, que através da reflexão de Leituras Bíblicas, vai nos amparando e nos preenchendo de conhecimentos novos, nos fazendo dar conta do quão tamanha é a falta de Deus em nosso dia-a-dia.
Nessa perspectiva acontecem os Passos da Sobriedade, que nos chama a atenção sobre as nossas próprias atitudes para com nós mesmos e para com o outro. E assim, norteando familiares, vamos nos direcionando a um encontro pessoal com Jesus, que nos leva a trilhar um novo caminho, ou pelo menos, uma nova forma lidar com as coisas que se nos apresentam, sempre voltados para um movimento de melhora interior, de conversão.
Portanto, tomando-se como premissa que nada muda se nós não mudarmos, ou, se queremos que as coisas mudem devemos começar primeiramente por nós, essa possibilidade pode ser de grande auxílio, pois não detemos a vontade do outro, mas a nossa sim; não podemos mandar no outro, mas em nós sim; não temos como mudar o outro, mas a nós sim. Já tivemos muitos casos em que as pessoas buscam atendimento e desistem no meio da caminhada. Muitos dependentes que se internam e abandonam o tratamento em semanas até. E sabe por que isso acontece? Porque esse processo de mudança requer que o indivíduo se envolva e que se mude primeiro a maneira como se pensa, que reconheça que a forma como agia era falha, porque se pensando assim se mantinha errando.
E olha que não é fácil se mudar o pensamento de uma hora pra outra. É como se tivesse que ir contra nós mesmos. Admitir que a maneira como fomos criados, como educamos, como amamos, não fosse a ideal. E olhamos pra nós e pensamos: somos um erro completo? Teríamos que ser outra pessoa para endireitarmos? É quase isso. Teríamos, na verdade é que rever a forma como agíamos e depois compreender que agíamos dessa maneira porque pensávamos ser esta a que ia garantir uma boa relação, uma boa convivência ou uma boa educação. Por esta razão é que o Programa de Vida Nova, dentro do grupo de autoajuda é para todos, para que tenhamos a oportunidade de aprender a amar, a perdoar, a reconhecer os deslizes, a se tornar humilde, a perceber o ritmo dos acontecimentos, a pedir perdão, a se esforçar pela causa da família, a se espiritualizar, a se encontrar dentro da religião, a se comprometer com o outro e consigo, a aceitar as diferenças, enfim, cada um vai beber na fonte e saciar a sede que precisa.
Sempre lembrando aqui que quando uma família passa pelo flagelo das drogas, essa problemática já se originou muito antes do consumo em si. A dependência é uma consequência de uma desestrutura anterior, que chegou a tal desestrutura, que desembocou num infortúnio ainda maior. Há uma falta aí que precisamos encontrar a sua origem. Sabemos que a maioria daqueles que nos procuram estão muito afastados de sua prática espiritual. Todavia, também acolhemos famílias que vive sua prática cristã e se veem frente a este sofrimento, porque o mal das drogas se propagou em todas as direções. E por que isso acontece? Isso acontece porque não soubemos vigiar e nos precaver das seduções do mundo.
Ora, os nossos pensamentos são bombardeados a todo instante por cada um dos pecados capitais, lembram deles? Luxúria, inveja, preguiça, ira, avareza, mentira e gula. É preciso muita atenção e avaliação pessoal para se precaver de cada um deles, pois eles nos rodeiam o tempo todo. É preciso muita presença de Deus nas nossas práticas e nos ensinamentos com os nossos filhos. E para ensinar, é preciso que a gente acolha essa importante prática na nossa vida e dê o exemplo. Não é só porque estamos dentro da Igreja que não seremos tentados. Muito pelo contrário. Os nossos vivem na adolescência uma condição natural para experimentações e muitas vezes nem tomamos conhecimento. Isso quer nos dizer que precisamos dobrar mais nossos joelhos para a oração, para as coisas que Deus quer nos falar e que possamos dar a nossa contribuição da melhor maneira possível.
* Ouça também o Programa de Rádio “Sobriedade em Cristo” que vai ao ar pela Rádio Arca da Aliança – AM 1260 (todas as segundas-feiras, as 12:30h)
http://www.radios.com.br/aovivo/Radio-Arca-da-Alianca-1260-AM/18403
Malena Andrade – Psicóloga assessora da Pastoral da sobu riedade na Diocese de Blumena