12º PASSO DA SOBRIEDADE: Senhor, festejando os doze passos para a sobriedade cristã, irmanados com todos na mesma esperança, por uma vida sem drogas, queremos partilhar e anunciar Jesus Cristo Redentor pelo nosso testemunho.
Palavra: Lc 15, 20b-24:
20b. “Quando ainda estava longe, o pai o avistou, e teve compaixão. Saiu correndo, o abraçou e o cobriu de beijos.
21. Então o Filho disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço que me chamem teu filho’.
22. Mas o pai disse aos empregados: ‘Depressa, tragam a melhor túnica para vestir meu filho. E coloquem um anel em seu dedo e sandálias nos seus pés.
23. Peguem o novilho gordo e o matem. Vamos fazer um banquete.
24. Porque este meu filho estava morto, e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado’. E começaram a festa.”
Quando estamos preparando uma festa em nossa família ou comunidade levamos alguns dias para organizá-la. Pensamos no ambiente e em cada um dos convidados em particular e já começamos a nos alegrar antes mesmo deles chegarem, enquanto estamos arrumando a casa e preparando o banquete. Assim também, a Pastoral da Sobriedade se prepara para realizar esta festa. Ela se dá após o encontro com o Filho no banquete, no Passo Celebrar. Agora temos uma verdadeira razão para festejar. Estamos trilhando por novos caminhos, que exige de nós uma recapitulação da nossa vida, que vai além de um viver sem perspectivas.
O filho pródigo se arrependeu e voltou. Mas o pai o estava aguardando com ansiedade. Por isso, quando o vê voltando corre ao seu encontro cheio de afeto. Seu coração de pai jamais o rejeitou. O pai nem ouve o que o filho está falando, mas começa a tomar as medidas para que o rapaz fosse restabelecido com dignidade na família: o beijo é sinal de perdão; a veste festiva só é dada a um hóspede de honra; o anel traz a síntese da família e sua entrega significa o uso de plenos poderes; as sandálias são um luxo, e só um homem livre as usava. Além do mais só se comia carne raramente; e matar um bezerro só se fazia em ocasiões especiais.
Na nossa Caminhada de Sobriedade usamos os símbolos da vela acesa para que não nos falte Luz nos momentos obscuros; o tema “Vida Sim, drogas Não” para denunciarmos o quanto negamos esta situação calamitosa que vive a nossa sociedade; a imagem de Nossa senhora das Dores ou Nossa Senhora da Piedade, que representa o acolhimento daquele que está morto pelas drogas, mas que ainda é tempo de ressurgir; os doze passos da Pastoral da Sobriedade, que vai dando suporte, conhecimento e partilha das experiências vividas.
Também nós, familiares, ficamos planejando a festa da acolhida incondicional do amor do Pai, sonhando com o dia da tomada de decisão de um dependente, quando ele diz, no fundo do poço: basta, chega, vou me levantar, vou voltar à vida, vou retomar minha dignidade. Cada dependente que chega ao nosso Grupo de Autoajuda é um motivo de alegria e de expectativa, pois ele deu o primeiro passo, tomou a decisão e nós vamos propor-lhe o Programa de Vida Nova de Jesus Cristo Libertador. Da mesma forma, também os familiares tem a possibilidade de, além de festejar pelos seus dependentes, encontrar nesse caminho novas perspectivas, pois, termina revendo a sua própria vida, trazendo mais qualidade emocional e espiritual.
A família de uma forma geral passa a trilhar neste Programa de Vida Nova, e vem a conhecer outros familiares que vivem a mesma situação. Vamos nos apoiando uns nos outros e evangelizando a quem precisa. O dependente ou seu familiar, é mais um filho pródigo que volta à casa do Pai, à comunidade, à Igreja. Isso é motivo de festa, pois estavam mortos com o sofrimento das drogas e desejaram optar por um recomeço.
Malena Andrade – Psicóloga assessora da Pastoral da Sobriedade da Diocese de Blumenau