Dia 22 de setembro de 2017 – Sexta-feira da 24ª semana do Tempo Comum
No Brasil, Ano Mariano, instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Lucas 8,1-3:
Naquele tempo, Jesus ia caminhando por cidades e aldeias, pregando e anunciando a boa nova do reino de Deus. Acompanhavam-nO os Doze,
bem como algumas mulheres que tinham sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades. Eram Maria, chamada Madalena, de quem tinham saído sete demônios,
Joana, mulher de Cusa, administrador de Herodes, Susana e muitas outras, que serviam Jesus e os discípulos com os seus bens.
Comentário do dia
São João Paulo II (1920-2005), papa
«Mulieris dignitatem», § 27
«Acompanhavam-no os Doze, bem como algumas mulheres»
Na história da Igreja, desde os primeiros tempos, existiram — ao lado dos homens — numerosas mulheres, para as quais a resposta da Esposa ao amor redentor do Esposo adquiriu plena força expressiva. Vemos primeiro aquelas mulheres que tinham conhecido pessoalmente a Cristo, O tinham seguido e, depois da sua partida, juntamente com os apóstolos, «eram assíduas na oração» no cenáculo de Jerusalém até ao dia do Pentecostes. Naquele dia, o Espírito Santo falou por meio dos «filhos e filhas» do Povo de Deus […] (cf At 2,17). Aquelas mulheres, e a seguir muitas outras, tiveram parte ativa e importante na vida da Igreja primitiva, na edificação, desde os seus fundamentos, da primeira comunidade cristã — e das comunidades que se seguiram —, mediante os seus carismas e o seu multiforme serviço. […] O apóstolo fala das suas «fadigas» por Cristo, e estas indicam os vários campos de serviço apostólico da Igreja, a começar pela «Igreja doméstica». Nesta, de fato, a «fé sincera» passa da mãe para os filhos e os netos, como se verificou em casa de Timóteo (cf 2Tim 1,5).
O mesmo se repete no decorrer dos séculos, de geração em geração, como demonstra a história da Igreja. A Igreja, com efeito, defendendo a dignidade da mulher e a sua vocação, expressou honra e gratidão por aquelas que — fiéis ao Evangelho — em todo o tempo participaram na missão apostólica do Povo de Deus. Trata-se de santas mártires, de virgens, de mães de família, que corajosamente deram testemunho da sua fé e, educando os próprios filhos no espírito do Evangelho, transmitiram a mesma fé e a tradição da Igreja. […] Mesmo diante de graves discriminações sociais, as mulheres santas agiram de «modo livre», fortalecidas pela sua união com Cristo. […]
Também nos nossos dias a Igreja não cessa de se enriquecer com o testemunho das numerosas mulheres que realizam a sua vocação à santidade. As mulheres santas são uma personificação do ideal feminino, mas são também um modelo para todos os cristãos, um modelo de «sequela Christi», um exemplo do amor com que a Esposa deve responder ao amor do Esposo.
Neste mês de setembro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Pela Evangelização: Pelas nossas paróquias, para que, animadas pelo espírito missionário, sejam lugares de comunicação da fé e testemunho de caridade.