GINETTA CALLIARI: fé e coragem – Uma italiana com coração brasileiro

Confondadora do Movimento dos Focolares no Brasil.
No próximo dia 8 de março de 2013, Dia Internacional da Mulher,
abre-se uma nova fase no processo de beatificação: do Brasil ao Vaticano.

A Missa seguida da uma cerimonia, será presidida pelo bispo, dom Ercílio Turco
na Catedral de Osasco.

Ginetta Calliari: uma mulher contemporânea, de grande atualidade. “É um exemplo para toda a sociedade. Testemunha que seguir um caminho de santidade gera transformações, cria novas perspectivas, promove a fé, a paz e a unidade, que tanto precisamos neste mundo”. Foi o que afirmou o dom Ercílio Turco, bispo de Osasco, que iniciou a sua causa de beatificação. Significativo o fato que justamente o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, seja o dia do seu falecimento (2001), do início da Causa  (2007) e agora da conclusão da fase diocesana, para prosseguir depois no Vaticano.

Ginetta, co-fundadora do Movimento dos Focolares no Brasil, passou 40 anos da sua vida nesta terra, que se tornou a sua terra, contribuindo admiravelmente para o progresso espiritual e social do nosso país. Tanto que a sua memória foi celebrada na Câmara dos Deputados em Brasília, nas Assembléias Legislativas de 10 estados e nas Prefeituras de 10 cidades; a Câmara Municipal de São Paulo concedeu-lhe o título de cidadã honorária. Foi reconhecida como modelo de vida também por líderes e seguidores do judaísmo, islamismo e budismo, com os quais havia estabelecido um diálogo fraterno.

Desde jovem sentia uma forte sede de justiça. A notícia que na sua cidade tem algumas jovens  colocam em comum roupas, sapatos, casacos, para distribuí-los aos mais pobres, mesmo sofrendo também elas as condições de indigência causadas pela guerra, abrirá o caminho para uma transformação radical em sua vida. Imediatamente ela quis conhecê-las. Encontra Chiara Lubich. Coloca em comum tudo o que tem e une-se a ela e ao primeiro grupo que a segue para partilhar aquela “revolução evangélica” que tinha por objetivo resolver o problema social de Trento e semear por toda parte, naquele período de grande desagregação social, a fraternidade e a unidade. Era o início de um Movimento que assumirá dimensões mundiais, o Movimento dos Focolares.

Esta experiência continua no Brasil, quando, alguns anos depois, em 1959, junto com outros 7 jovens que, como ela, haviam seguido Chiara, chega a Recife. A respeito do povo desta terra, que se tornará a sua, ela dirá: “Aprendi muito dos brasileiros. São pessoas abertas, hospitaleiras, generosas, dinâmicas e também consequentes. Você apresenta um grande ideal e imediatamente eles se lançam”. De Recife aquela nova vida se difundirá para todo o país.

Assim que chegou, o primeiro impacto foi um choque ao deparar-se com a pobreza vista pelas ruas. Logo percebe que “è necessário mudar o homem: é preciso ter homens novos para dar origem a estruturas novas, cidades novas, um povo novo. E isto “unicamente Deus podia fazer, unicamente a força do Evangelho” que já tinham experimentado eficazmente. Com o passar dos anos este sonho começa a tornar-se realidade.

Em meio aos mais pobres, com a comunidade que está surgindo, junto com o pão, semeia a Palavra de Deus. Um bairro de Recife, em condições de vida degradantes, verá a mudança de seu nome e de seu semblante: de “Ilha do Inferno” passará a chamar-se “Ilha Santa Terezinha”.

É fundamental o seu estímulo – que custou “sangue da alma” como ela mesma afirma – para as primeiras concretizações da Economia de Comunhão, um projeto econômico inovador, que teve a sua gênese em 1991, na Mariápolis Araceli (como era chamada naquele tempo a atual Mariápolis Ginetta), durante uma histórica visita de Chiara Lubich. Mesmo entre dificuldades, que não são poucas, surge um Polo empresarial que atrai a atenção não apenas de empresários, economistas e estudantes, mas também de políticos. Nasce o Movimento Político pela Unidade, uma política animada pela fraternidade.

“Não lhe dou um crucifixo de madeira, mas um Crucifixo vivo”, é a entrega que Chiara lhe faz no momento da partida pelo Brasil em 1959.  “O Crucifixo estava ali, vivo nos irmãos”. Ao longo de sua vida, foi sempre inabalável a fé que “quem crê Nele, mesmo se morto viverá”. E é Nele que está a raíz de tal fecundidade. A vida de Ginetta teve o seu término no dia 8 de março de 2001. Uma vida permeada de cumes e abismos, de não poucas provacões físicas e espirituais, sempre transformadas em fonte de vida que transbordava sobre os outros.

Centro Ginetta Callliari – 25 de Fevereiro de 2013

Suas opções de privacidade

Neste painel, você pode expressar algumas preferências relacionadas ao processamento de suas informações pessoais.

Você pode revisar e alterar as escolhas feitas a qualquer momento, basta voltar a neste painel através do link fornecido.

Para negar seu consentimento para as atividades específicas de processamento descritas abaixo, mude os comandos para desativar ou use o botão “Rejeitar todos” e confirme que você deseja salvar suas escolhas.

Suas preferências de consentimento para tecnologias de rastreamento

As opções fornecidas nesta seção permitem que você personalize suas preferências de consentimento para qualquer tecnologia de rastreamento utilizada para as finalidades descritas abaixo. Lembre-se de que negar consentimento para uma determinada finalidade pode tornar as funcionalidades relacionadas indisponíveis.

Necessários / Técnicos
Estes rastreadores são usados para atividades que são estritamente necessárias para operar ou prestar o serviço que você solicitou e, assim, não precisam de sua permissão.

Funcionalidade
Estes rastreadores permitem interações e funcionalidades básicas que permitem que você acesse recursos selecionados de nossos serviços e facilite sua comunicação conosco.

Experiência
Estes rastreadores nos ajudam a melhorar a qualidade de sua experiência de usuário e permitem interações com conteúdo externo, redes e plataformas.

Medição
Estes rastreadores nos ajudam a mensurar o tráfego e analisar seu comportamento, a fim de melhorar nosso serviço.