Dia 12 de agosto de 2017 – Segunda-feira da 16ª semana do Tempo Comum
No Brasil, Ano Mariano, instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Mateus 17,14-20:
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um homem, que se ajoelhou diante dEle e Lhe disse:
«Senhor, tem compaixão do meu filho, porque é epiléptico e sofre muito; cai frequentemente no fogo e muitas vezes na água.
Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo».
Jesus respondeu: «Oh geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando terei de vos suportar? Trazei-me aqui o menino».
Jesus ameaçou o demônio, que saiu do menino e este ficou curado a partir daquele momento.
Então os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe em particular: «Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?».
Jesus respondeu-lhes: «Por causa da vossa pouca fé. Em verdade vos digo: se tiverdes fé comparável a um grão de mostarda, direis a este monte: ‘Muda-te daqui para lá’, e ele se de mudará. E nada vos será impossível».
Comentário do dia
São Tomás Moro (1478-1535), estadista inglês, mártir
Diálogo sobre o Conforto na Tribulação, I,2
«Eu creio! Ajuda a minha incredulidade!» (Mc 9,24)
Ninguém pode dar a si mesmo a virtude da fé […]; a fé é um dom gratuito de Deus. Como diz S. Tiago, «Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes» (1,17). Assim, pois, quando sentirmos que a nossa fé enfraquece, rezemos Àquele que no-la pode fortificar: «Eu creio! Ajuda a minha incredulidade!» (Mc 9,24); e, com os apóstolos: «Senhor, aumenta a nossa fé» (Lc l7,6). E depois, meditemos nas palavras de Cristo quando nos diz que, se não queremos que a nossa fé amorne e até arrefeça completamente, perdendo a sua força pela dispersão dos nossos pensamentos nas futilidades deste mundo, temos de nos retirar para o nosso quarto (cf Mt 6,6) e aí reforçar a nossa fé, deixando de dar importância às ilusões deste mundo.
E, como o grão de mostarda, que é por natureza ardente, temos de semear a fé no jardim do nosso coração, depois de termos arrancado dele as ervas más. E a semente crescerá de tal maneira, que as aves do céu, isto é, os santos anjos, virão fazer morada na nossa alma, e dará o fruto das virtudes nos seus ramos (cf Mt 13,1s). Então, confiantes na palavra de Deus, teremos uma segurança firme nas suas promessas e poderemos expulsar no nosso coração uma montanha de aflições (cf Mt 17,20) ao passo que, se a nossa fé for fraca e oscilante, nem sequer um montículo deslocará.
Neste mês de agosto, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Universal: Pelos artistas do nosso tempo, para que, através das obras do seu engenho, ajudem todas as pessoas a descobrir a beleza da criação.