Dia 08 de agosto de 2017 – Terça-feira da 18ª semana do Tempo Comum
No Brasil, Ano Mariano, instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Mateus 14,22-36:
Depois de ter saciado a fome à multidão, Jesus obrigou os discípulos a subir para o barco e a esperá-lO na outra margem, enquanto Ele despedia a multidão.
Logo que a despediu, subiu a um monte, para orar a sós. Ao cair da tarde, estava ali sozinho.
O barco ia já no meio do mar, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário.
Na quarta vigília da noite, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar.
Os discípulos, vendo-O a caminhar sobre o mar, assustaram-se, pensando que fosse um fantasma. E gritaram cheios de medo.
Mas logo Jesus lhes dirigiu a palavra, dizendo: «Tende confiança. Sou Eu. Não temais».
Respondeu-Lhe Pedro: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas».
«Vem!» – disse Jesus. Então, Pedro desceu do barco e caminhou sobre as águas, para ir ter com Jesus.
Mas, sentindo a violência do vento e começando a afundar-se, gritou: «Salva-me, Senhor!».
Jesus estendeu-lhe logo a mão e segurou-o. Depois disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?».
Logo que subiram para o barco, o vento amainou.
Então, os que estavam no barco prostraram-se diante de Jesus, e disseram-Lhe: «Tu és verdadeiramente o Filho de Deus».
Depois fizeram a travessia e vieram para terra em Genesaré.
Os homens do lugar reconheceram Jesus e mandaram avisar toda aquela região. Trouxeram-Lhe todos os doentes
e pediam que os deixasse tocar ao menos na orla do seu manto. E quantos lhe tocaram foram completamente curados.
Comentário do dia
São Columbano (563-615), monge, fundador de mosteiros
Instruções espirituais I, A fé
«O mar foi para ti um caminho; caminhaste por entre águas caudalosas e ninguém descobriu as tuas pegadas» (Sl 77,20)
Deus está em toda a parte por completo e sem limites. E está próximo de cada um de nós, segundo o testemunho que dá de Si mesmo: «Eu sou um Deus que está próximo, não um Deus que está longe» (Jr 23,23). O Deus que buscamos não está longe de nós; temo-Lo entre nós. Ele habita em nós como a alma no corpo, se formos membros seus mortos para o pecado (cf 1Cor 6,15) […] Nesse caso, habita verdadeiramente em nós Aquele que disse: «Estabelecerei a minha morada no meio deles e andarei com eles» (Lv 26,11-12). Quando Ele nos dá a graça de habitar em nós, somos realmente vivificados por Ele, como seus membros vivos. «Nele», diz o Apóstolo, «vivemos, nos movemos e existimos» (At 17,28).
Mas quem poderá investigar a inefável e incompreensível essência do Altíssimo? Quem poderá sondar os profundos segredos de Deus? Quem poderá gloriar-se de conhecer o Deus infinito, que tudo enche e circunda, que tudo penetra e supera, que tudo abrange e transcende? «Ninguém jamais viu a Deus» (Jo 1,13) tal como Ele é. Por isso, ninguém tenha a presunção de descobrir os mistérios incompreensíveis de Deus, o quê, o como, o porquê do seu ser. São realidades inefáveis, insondáveis, impenetráveis. Limita-te a acreditar com toda a simplicidade, mas com grande firmeza, que Deus é e será como sempre foi, porque Deus é imutável.
Neste mês de agosto, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Universal: Pelos artistas do nosso tempo, para que, através das obras do seu engenho, ajudem todas as pessoas a descobrir a beleza da criação.