Bento XVI parte às 9.30 de Roma para Beirute, aonde deverá chegar pouco antes das 14 horas locais, para a sua 24ª viagem apostólica internacional. A visita tem lugar por ocasião da publicação da Exortação apostólica Pós-Sinodal “Ecclesia in Medio Oriente”. A chegada de Bento XVI é aguardada com esperança não só pelos cristãos, mas também pelos muçulmanos do País dos Cedros que vêem no Papa uma mensagem de paz e convivência para o Médio Oriente, num momento de grande tensão, por causa da guerra civil na Síria, como nos informa, a partir de Beirute, Alessandro Gisotti.
“Em Beirute respira-se um clima de esperança e trepidação pela chegada do Papa. É difícil encontrar uma rua da cidade que não esteja enfeitada com bandeiras do Vaticano e do Líbano ou com cartazes de Bento XVI com o lema da viagem “A paz esteja convosco”, expressa em várias línguas, do árabe ao francês; do inglês ao latim “Pax Vobis”.
E esta região tem efectivamente grande necessidade de paz. Recordam-no também os prédios de Beirute crivados de balas, durante a guerra civil no país e que permaneceram lado a lado com novos arranha-céus que vão continuamente transformando o perfil da cidade.
À espera do Papa estão os fiéis do Líbano e os pastores do Médio Oriente a quem entregará a Exortação apostólica Pós-Sinodal. Esperam-no com emoção os jovens libaneses que sábado à tarde viverão com o Papa uma pequena JMJ do Médio Oriente. Esperam-no também os líderes muçulmanos que durante a visita terão um encontro com o Pontífice.
O diálogo islâmico – cristão é uma das dimensões fortes desta viagem. E, precisamente para sublinhar que o Líbano é um modelo possível de convivência, nesta quarta à tarde cristãos e muçulmanos juntaram-se no centro da cidade para dar as boas-vindas ao Papa com uma vigília de oração.
“O Líbano, mais do que um País, é uma mensagem”, tinha-o afirmado João Paulo II na sua visita ao país, em 1997. Quinze anos depois, os libaneses esperam de Bento XVI um renovado apoio a essa mensagem de paz e esperança para todos os povos do Médio Oriente.”
(Rádio Vaticano, 14/09/201, 08:18:55)