Dia 24 de dezembro de 2016 – NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO – Solenidade com Oitava – Missa da Noite
No Brasil, Ano Mariano, instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Lucas 2,1-14:
Naqueles dias, saiu um decreto de César Augusto, para ser recenseada toda a terra.
Este primeiro recenseamento efetuou-se quando Quirino era governador da Síria.
Todos se foram recensear, cada um à sua cidade.
José subiu também da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e da descendência de Davi,
a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que estava para ser mãe.
Enquanto ali se encontravam, chegou o dia de ela dar à luz
e teve o seu Filho primogênito. Envolveu-O em panos e deitou-O numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.
Havia naquela região uns pastores que viviam nos campos e guardavam de noite os rebanhos.
O Anjo do Senhor aproximou-se deles, e a glória do Senhor cercou-os de luz; e eles tiveram grande medo.
Disse-lhes o Anjo: «Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo:
nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor.
Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino recém-nascido, envolto em panos e deitado numa manjedoura».
Imediatamente juntou-se ao Anjo uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus, dizendo:
«Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados».
Comentário do dia
Santo Afonso-Maria de Ligório (1696-1787), bispo, doutor da Igreja
Discurso para a novena de Natal, n.º 10
«Anuncio-vos uma grande alegria para todo o povo»
«Anuncio-vos uma grande alegria». Tais são as palavras do anjo aos pastores de Belém. Repito-vo-las hoje, almas fiéis: trago-vos uma notícia que vos causará uma grande alegria. Para uns pobres exilados, condenados à morte, haverá notícia mais feliz do que a do aparecimento do seu Salvador, vindo não só para os libertar da morte, mas para lhes conceder o regresso à pátria? É precisamente isto o que eu vos anuncio: «Nasceu-vos um Salvador» […].
Quando um monarca entra pela primeira vez numa cidade do seu reino, são-lhe rendidas as maiores honras; quantas ruas engalanadas, quantos arcos do triunfo! Prepara-te, pois, ó bem-aventurada Belém, para receberes condignamente o teu Rei. […] Que saibas, como te diz o profeta (Mq 5,1), que de entre todas as cidades da Terra, és a mais favorecida, pois foi a ti que o Rei do Céu escolheu para lugar do seu nascimento aqui na Terra, para depois reinar não apenas na Judeia, mas nos corações dos homens, em toda a parte […]. O que não terão dito os anjos ao verem a Mãe de Deus entrar numa gruta para aí dar à luz o Rei dos reis! Os filhos dos príncipes vêm ao mundo em aposentos cintilantes de ouro […], rodeados pelos mais altos dignitários do reino. Ele, o Rei do Céu, quis vir nascer num estábulo frio e sem lume, tendo para Se cobrir apenas uns pobres farrapos; e, para Se deitar, apenas uma miserável manjedoura com um pouco de palha […].
Ah! A própria consideração do nascimento de Jesus Cristo e das circunstâncias que o acompanharam deverá abrasar-nos de amor; e as simples palavras «gruta», «manjedoura», «palha», «leite», «gemidos», ao porem-nos diante dos olhos o Menino de Belém, deverão ter sobre nós o efeito de setas inflamadas ferindo-nos de amor o coração. Bendita gruta, bendita manjedoura, bendita palha! Mas muito mais benditas ainda sejam as almas que com fervor e ternura amam este Senhor tão digno de amor, almas que, ardendo de inflamada caridade, O recebem na santa comunhão. Com que ardor, com que alegria, Jesus vem descansar nas almas que verdadeiramente O amam!
Neste mês de Dezembro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguintes intenções:
Universal: O fim dos meninos-soldadosPara que seja eliminada em todo o mundo a praga dos meninos-soldados.
Pela Evangelização: Redescobrir o Evangelho na Europa
Para que os povos europeus redescubram a beleza, a bondade e a verdade do Evangelho, que dá alegria e esperança à vida.