“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (João 6, 68)!
Dia 18 de fevereiro de 2012 – Sábado da 6a semana do Tempo Comum
Na Diocese de Blumenau, 1º ano de Triênio Missionário – Ano da Família
Evangelho segundo S. Marcos 9,2-13:
Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e levou-os, só a eles, a um monte elevado. E transfigurou-se diante deles.
As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que lavadeira alguma da terra as poderia branquear assim.
Apareceu-lhes Elias, juntamente com Moisés, e ambos falavam com Ele.
Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: «Mestre, bom é estarmos aqui; façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias.»
Não sabia que dizer, pois estavam assombrados.
Formou-se, então, uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado. Escutai-o.»
De repente, olhando em redor, já não viram ninguém, a não ser só Jesus, com eles.
Ao descerem do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, senão depois de o Filho do Homem ter ressuscitado dos mortos.
Eles guardaram a recomendação, discutindo uns com os outros o que seria ressuscitar de entre os mortos.
E fizeram-lhe esta pergunta: «Porque afirmam os doutores da Lei que primeiro há-de vir Elias?»
Jesus respondeu-lhes: «Sim; Elias, vindo primeiro, restabelecerá todas as coisas; porém, não dizem as Escrituras que o Filho do Homem tem de padecer muito e ser desprezado?
Pois bem, digo-vos que Elias já veio e fizeram dele tudo o que quiseram, conforme está escrito.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão e doutor da Igreja
Sobre o Salmo 45,2
O testemunho dos profetas leva ao testemunho dos apóstolos
O Senhor Jesus quis que Moisés subisse sozinho à montanha, mas Josué juntou-se a ele (cf Ex 24,13). Também no Evangelho, foi a Pedro, Tiago e João, de entre todos os discípulos, que revelou a glória da Sua ressurreição. Queria, assim, que o Seu mistério permanecesse oculto e avisou-os frequentemente de que não anunciassem facilmente o que tinham visto a qualquer pessoa, para que um ouvinte demasiado fraco não encontrasse aí um obstáculo que impedisse o seu espírito inconstante de receber estes mistérios em todo o seu poder. Porque até o próprio Pedro «não sabia o que dizia», pois acreditava ser preciso erguer três tendas para o Senhor e para os Seus companheiros. Em seguida, não conseguiu suportar o brilho da glória do Senhor que Se transfigurava e caiu por terra (Mt 17,6), como caíram também «os filhos do trovão» (Mc 3,17), Tiago e João, quando a nuvem os cobriu. […]
Adentraram-se, portanto, na nuvem para conhecer o que era secreto e escondido e foi lá que escutaram a voz de Deus que dizia: «Este é o Meu Filho muito amado, em Quem pus toda a Minha complacência: escutai-O». Que significa: «Este é o Meu Filho muito amado»? Quer dizer: Simão Pedro não te enganes!, pois não deves colocar o Filho de Deus ao nível dos servos. «Este é o Meu Filho: Moisés não é Meu filho, Elias não é Meu filho, embora um tivesse aberto o céu e o outro o tivesse fechado». Com efeito, um e outro, pela Palavra do Senhor, venceram um elemento da natureza (cf Ex 14;1R 17,1), mas não fizeram senão o ministério de se pôr ao serviço d'Aquele que abriu as águas e fechou, através das secas, o céu, que depois se desfez em chuva, quando Ele quis.
Onde se trata dum simples anúncio da ressurreição, pede-se o auxílio ao ministério dos servos, mas onde se mostra a glória do Senhor que ressuscita, a glória dos servos cai na obscuridade. Pois, quando se levanta, o sol obscurece as estrelas e as suas luzes desaparecem todas, face ao brilho do eterno Sol da justiça (Ml 3,20).
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês, rezemos nas seguintes intenções:
Geral – Acesso à água
Para que todos os povos tenham acesso à água e aos recursos necessários ao sustento quotidiano.
Missionária – Profissionais da saúde
Para que o Senhor sustente o esforço dos profissionais de saúde das regiões mais pobres no serviço aos doentes e aos idosos.