"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (João 6, 68)!
Dia 03 de fevereiro de 2012 – Sexta-feira da 4ª semana do Tempo Comum
Na Diocese de Blumenau, 1º ano de Triênio Missionário – Ano da Família
Evangelho segundo S. Marcos 6,14-29:
O rei Herodes ouviu falar de Jesus, pois o seu nome se tornara célebre; e dizia-se: «Este é João Batista, que ressuscitou de entre os mortos e, por isso, manifesta-se nele o poder de fazer milagres»;
outros diziam: «É Elias»; outros afirmavam: «É um profeta como um dos outros profetas.»
Mas Herodes, ouvindo isto, dizia: «É João, a quem eu degolei, que ressuscitou.»
Na verdade, tinha sido Herodes quem mandara prender João e pô-lo a ferros na prisão, por causa de Herodíade, mulher de Filipe, seu irmão, que ele desposara.
Porque João dizia a Herodes: «Não te é lícito ter contigo a mulher do teu irmão.»
Herodíade tinha-lhe rancor e queria dar-lhe a morte, mas não podia,
porque Herodes temia João e, sabendo que era homem justo e santo, protegia-o; quando o ouvia, ficava muito perplexo, mas escutava-o com agrado.
Mas chegou o dia oportuno, quando Herodes, pelo seu aniversário, ofereceu um banquete aos grandes da corte, aos oficiais e aos principais da Galileia.
Tendo entrado e dançado, a filha de Herodíade agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que quiseres e eu to darei.»
E acrescentou, jurando: «Dar-te-ei tudo o que me pedires, nem que seja metade do meu reino.»
Ela saiu e perguntou à mãe: «Que pedirei?» A mãe respondeu: «A cabeça de João Batista.»
Voltando a entrar apressadamente, fez o seu pedido ao rei, dizendo: «Quero que me dês imediatamente, num prato, a cabeça de João Batista.»
O rei ficou desolado; mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis recusar.
Sem demora, mandou um guarda com a ordem de trazer a cabeça de João. O guarda foi e decapitou-o na prisão;
depois, trouxe a cabeça num prato e entregou-a à jovem, que a deu à mãe.
Tendo conhecimento disto, os discípulos de João foram buscar o seu corpo e depositaram-no num sepulcro.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
Exortação ao martírio, 13
João Batista, mártir da verdade
«Tenho como coisa certa que os sofrimentos do tempo presente nada são em comparação com a glória que será revelada em nós» (Rom 8,18). Por conseguinte, quem não trabalhará de todas as formas possíveis para obter tal glória, para se tornar amigo de Deus, para se regozijar na companhia de Jesus Cristo e receber a recompensa divina depois dos tormentos e dos suplícios desta terra?
Para os soldados deste mundo, é glorioso entrar triunfalmente na sua pátria depois de terem vencido o inimigo. Não será glória bem maior retornar triunfalmente, depois de ter vencido o demônio, ao paraíso de onde Adão tinha sido expulso por causa do seu pecado? Trazer o troféu da vitória depois de ter abatido quem o tinha enganado? Oferecer a Deus como espólio magnífico uma fé intacta, uma coragem espiritual sem falhas, uma dedicação digna de elogios? Tornar-se co-herdeiro de Cristo, ser igualado aos anjos, desfrutar com alegria do reino celeste com os patriarcas, os apóstolos, os profetas? Que perseguição pode vencer tais pensamentos, que nos podem ajudar a superar os suplícios? […]
A terra aprisiona-nos com as suas perseguições, mas o céu permanece aberto. […] Que honra e que segurança sair deste mundo com alegria, sair dele em glória, transpondo provas e sofrimentos! Fechar por um instante os olhos que vêem os homens e o mundo, para os reabrir logo a seguir para verem Deus e Cristo! […] Se a perseguição assalta um soldado assim preparado, não poderá vencer a sua coragem. Mesmo que sejamos chamados ao céu antes da luta, a fé que assim se preparou não ficará sem recompensa. […] Na perseguição Deus coroa os seus soldados; na paz, coroa a boa consciência.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês, rezemos nas seguintes intenções:
Geral – Acesso à água
Para que todos os povos tenham acesso à água e aos recursos necessários ao sustento quotidiano.
Missionária – Profissionais da saúde
Para que o Senhor sustente o esforço dos profissionais de saúde das regiões mais pobres no serviço aos doentes e aos idosos.