“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (João 6, 68)!
Dia 16 de dezembro de 2011 – Sexta-feira da 3a semana do Advento
Evangelho segundo S. João 5,33-36:
Vós enviastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade.
Não é, porém, de um homem que Eu recebo testemunho, mas digo-vos isto para vos salvardes.
João era uma lâmpada ardente e luminosa, e vós, por um instante, quisestes alegrar-vos com a sua luz.
Mas tenho a meu favor um testemunho maior que o de João, pois as obras que o Pai me confiou para levar a cabo, essas mesmas obras que Eu faço, dão testemunho de que o Pai me enviou.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Máximo de Turim (? – c. 420), bispo
Sermão 62
«Preparei uma lâmpada para o Meu Cristo» (Sl 132,17)
Na altura em que todo o universo se encontrava subjugado pelas trevas do diabo e o negrume do pecado reinava sobre o mundo, um novo sol, Cristo, Nosso Senhor, quis, nos últimos tempos e na escuridão da noite, espalhar a claridade dum novo dia. Antes de surgir esta luz, isto é, antes de que se manifestasse «o sol de justiça» (Ml 3,20), Deus anunciara já, pelos profetas: «Eu vos enviei todos os Meus profetas antes da luz» (Jr 7,25 [Vulgata]). Mais tarde, o próprio Cristo enviou os Seus raios, ou seja, os Apóstolos, a fazer brilhar a Sua luz e encher de Verdade a terra inteira, a fim de que ninguém se perdesse nas trevas. […]
Nós, os homens, servimo-nos de lâmpadas para levar a cabo as nossas tarefas antes de o sol deste mundo nascer; ora, também o sol de Cristo teve uma lâmpada a preceder a Sua vinda, como diz o salmista: «Preparei uma lâmpada para o Meu Cristo» (Sl 132,17 [Vulgata]). O Senhor indica-nos quem é esta lâmpada, ao dizer, a respeito de João Batista: «era uma lâmpada ardente e luminosa» (Jo 5,35). E o mesmo João diz de si próprio, como se fora o fraco clarão duma lanterna que se leva à nossa frente: «Mas vai chegar alguém mais forte do que eu, a quem não dou digno de desatar a correia das sandálias. Ele voa baptizará no espírito Santo e no fogo» (Lc 3,16); ao mesmo tempo, percebendo que a sua luz devia desvanecer-se perante os raios desse sol, diz: «Ele é que deve crescer, e eu diminuir» (Jo 3,30). Com efeito, assim como o clarão duma lanterna desaparece com a luz do sol, do mesmo modo o batismo de arrependimento de João perde o valor com a chegada da graça de Cristo.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de dezembro, rezemos nas seguintes intenções:
Geral: Para que todos os povos da terra, através do conhecimento e do respeito recíprocos, cresçam na concórdia e na paz.
Missionária: Para que as crianças e os jovens sejam mensageiros do Evangelho e para que sua dignidade seja sempre respeitada e preservada de toda a violência e abuso.