“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna”(João 6, 68)!
Dia 12 de novembro de 2011 Sábado da 32a semana do Tempo Comum
Evangelho segundo S. Lucas 18,1-8:
Depois, disse-lhes uma parábola sobre a obrigação de orar sempre, sem desfalecer:
«Em certa cidade, havia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens.
Naquela cidade vivia também uma viúva que ia ter com ele e lhe dizia: 'Faz-me justiça contra o meu adversário.'
Durante muito tempo, o juiz recusou-se a atendê-la; mas, um dia, disse consigo: 'Embora eu não tema a Deus nem respeite os homens,
contudo, já que esta viúva me incomoda, vou fazer-lhe justiça, para que me deixe de vez e não volte a importunar-me.'»
E o Senhor continuou: «Reparai no que diz este juiz iníquo.
E Deus não fará justiça aos seus eleitos, que a Ele clamam dia e noite, e vai fazê-los esperar?
Eu vos digo que lhes vai fazer justiça prontamente. Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Isaac, o Sírio (sec. VII), monge perto de Mossul, santo das igrejas ortodoxas
Discursos ascéticos, 1ª série, §21
«Orar sempre, sem desfalecer»
Feliz o homem que conhece a própria fraqueza. Porque esse conhecimento é nele o fundamento, a raiz, o princípio de toda a bondade. […] Quando um homem se sente desprovido de socorro divino, reza muito. E, quanto mais reza, mais o seu coração se torna humilde. […] Tendo compreendido realmente isto, guarda a oração na sua alma como um tesouro. E, sendo a sua alegria tão grande, faz da oração uma ação de graças. […] Assim, guiado por este conhecimento e admirando a graça de Deus, eleva a voz e louva-O e glorifica-O, exprime a sua gratidão, nos píncaros do seu maravilhamento.
Aquele que conseguiu, verdadeiramente e não em imaginação, alcançar tais sinais e conhecer tal experiência, sabe do que estou falando e que nada pode impedir isso. Mas que ele cesse de então em diante de desejar coisas vãs. Persevere em Deus, através da oração contínua, no temor de ser privado da abundância do socorro divino.
Todos estes bens são dados ao homem quando este reconhece a sua fraqueza. No seu grande anseio pelo socorro divino, aproxima-se de Deus, permanecendo em oração. E, quanto mais se aproxima de Deus com esta determinação, mais Deus o aproxima dos Seus dons e não lhe retira a Sua graça, devido à sua grande humildade. Pois tal homem é como a viúva que não cessa de pedir ao juiz que lhe faça justiça contra o seu adversário. Deus compassivo retém a Suas graças para que essa reserva incite o homem, que tanta precisão tem d'Ele, a aproximar-se d'Ele e a permanecer junto d'Aquele que é a fonte do seu bem.
Neste mês de novembro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguintes intenções:
Geral: Pelas Igrejas orientais católicas, a fim de que sua venerável tradição seja conhecida e estimada como riqueza espiritual para toda a Igreja.
Missionária: Para que o continente africano encontre em Cristo a força de realizar o caminho de reconciliação e de justiça, indicado no Segundo Sínodo dos Bispos para a África. .