Dia 21 de julho de 2016 – Quinta-feira da 16ª semana do Tempo Comum
Ano Santo Extraordinário da Misericórdia – Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso (Lc 6,36)!
Evangelho segundo S. Mateus 13,10-17:
Naquele tempo, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Porque lhes falas em parábolas?».
Jesus respondeu: «Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos Céus, mas a eles não.
Pois àquele que tem dar-se-á e terá em abundância; mas àquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado.
É por isso que lhes falo em parábolas, porque vêm sem ver e ouvem sem ouvir nem entender.
Neles se cumpre a profecia de Isaías que diz: ‘Ouvindo ouvireis, mas sem compreender; olhando olhareis, mas sem ver.
Porque o coração deste povo tornou-se duro: endureceram os seus ouvidos e fecharam os seus olhos, para não acontecer que, vendo com os olhos e ouvindo com os ouvidos e compreendendo com o coração, se convertam e Eu os cure’.
Quanto a vós, felizes os vossos olhos porque vêm e os vossos ouvidos porque ouvem!
Em verdade vos digo: muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não viram e ouvir o que vós ouvis e não ouviram».
Comentário do dia
São Justino (c.100 -160), filósofo, mártir
Primeira apologia, 1.30-31
«Muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes»
Ao imperador Adriano, César Augusto, e a Veríssimo, seu filho filósofo, e a Lício, filósofo, e ao Senado e a todo o povo romano, em nome dos homens de todas as raças que são injustamente odiados e perseguidos, sendo eu um deles, Justino, de Néapolis [Nablus] na Síria da Palestina, dirijo este discurso. […]
Argumenta-se que Aquele a que nós chamamos o Cristo é apenas um homem, nascido de um homem, que os prodígios que Lhe atribuímos são devidos a artes mágicas e que Ele Se fez passar por Filho de Deus. A nossa demonstração não se apoiará sobre dizeres, mas sobre as profecias feitas antes dos acontecimentos, nas quais temos necessariamente de acreditar: porque nós vimos, e vemos ainda, realizar-se aquilo que foi profetizado. […]
Houve entre os judeus profetas de Deus pelos quais o Espírito profético anunciou antecipadamente acontecimentos futuros. As suas profecias foram cuidadosamente guardadas, tal como haviam sido proferidas, pelos sucessivos reis da Judeia nos livros escritos em hebraico pela mão dos profetas. […]
Ora, nós lemos nos livros dos profetas que Jesus, nosso Cristo, havia de vir, que nasceria de uma virgem, que apareceria com o aspecto de homem, que curaria todas as doenças e todas as enfermidades, que ressuscitaria os mortos, que, ignorado e perseguido, seria crucificado, que morreria, que ressuscitaria e subiria ao céu, que seria e será reconhecido como Filho de Deus, que enviaria alguns a anunciar estas coisas ao mundo e que seriam sobretudo os pagãos a acreditar nele. Estas profecias foram feitas 5000, 2000, 1000, 800 anos antes da sua vinda, porque os profetas sucederam-se uns aos outros de geração em geração.
Neste mês de julho, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguintes intenções:
Universal: Respeito pelos povos indígenas
Para que os povos indígenas, ameaçados na sua identidade e existência, sejam respeitados.
Pela Evangelização: Missão na América Latina e Caribe
Para que a Igreja na América Latina e Caraíbas, através da sua missão continental, anuncie o Evangelho com renovado vigor e entusiasmo.