Com alegria, venho anunciar mais um passo que estamos dando diante do desafio da Pastoral da Sobriedade. A partir da próxima segunda-feira (09/05) convido todos a estarem sintonizados na rádio Arca da Aliança (AM 1260), a partir das 12h30 até as 14h00, quando abriremos um programa semanal, sempre às segundas-feiras, que atenderá o público ouvinte trazendo informações, tirando dúvidas e principalmente dando suporte àqueles que buscam conforto em oração e graça.
A princípio estaremos apresentando a Pastoral da Sobriedade aos ouvintes, para que tomem conhecimento da sua proposta de criação e quais as suas dimensões de ação. Mais à frente, com a continuação dos programas, vamos inserir a reflexão dos passos da sobriedade. Contaremos inicialmente com um grande momento de oração, com a Novena “Perpétua Súplica de Sobriedade”. Não faltarão belos cantos que chamarão a atenção sobre o nosso desafio, como também traremos ao ouvinte o convite à reflexão. Este é um espaço que poderá ser usado para tirar dúvidas a respeito do trabalho da Pastoral e conhecer mais sobre a problemática das drogas, e, através da participação de profissionais da área e do testemunho de familiares, entender como podemos lidar com a complexidade da dependência.
É valido lembrar que estamos tecendo uma rede que pretende fortalecer cada vez mais aqueles que buscam se livrar do consumo de drogas. Por outro lado há familiares que se sentem impossibilitados de ajudar, já que o dependente não aceita o tratamento. Esta é uma situação que gera muito conflito dentro de casa. O que fazer? Por onde começar? Onde aconteceu o erro? Até quando será assim? Como diminuir a dor? Os questionamentos são inúmeros, mas auxiliados pelo conhecimento, pelo trabalho fraterno e pela oração é possível identificar e promover mudanças nas nossas vidas.
Muitas vezes a minha dúvida pode ser banal para um, mas quando é verbalizada, poderá auxiliar a outros. Para aqueles que se envolvem com a causa, o primeiro exercício é deixar de lado os conceitos antecipados, ou seja, os preconceitos, não só de cor, raça, crença, mas os conceitos sobre certo e errado, sobre culpa, sobre merecimento. São os julgamentos que nos impedem de amar incondicionalmente. É preciso estarmos abertos para receber este ser que maltratou a si e a seus ente queridos. É preciso aceitar que o pai ou a mãe que não conduziu uma boa educação talvez não tenha recebido uma boa educação. O convite à participação é constante, pois ousar sair do conforto das nossas vidas para entregar-se ao problema e à dor do outro não é apenas um desafio, mas é a possibilidade de a gente se tornar uma pessoa melhor.
Encontrar as respostas anteriores não fará com que as novas perguntas não surjam. Portanto, para aqueles que estão lendo, para aqueles que vão nos ouvir, estejam preparados, pois não pensamos em tirar o fardo de ninguém, mas fazer reconhecê-lo e enchê-lo de coragem para carregá-lo.