Dia 12 de janeiro de 2016 – Terça-feira da 1ª semana do Tempo Comum
Ano Santo Extraordinário da Misericórdia – “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36)!
Evangelho segundo S. Marcos 1,21-28:
Jesus chegou a Cafarnaúm e quando, no sábado seguinte, entrou na sinagoga e começou a ensinar,
todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas.
Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a gritar:
«Que tens Tu a ver conosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus».
Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem».
O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele.
Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: «Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!».
E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia.
Comentário do dia
São Jerônimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de S. Marcos, 2
«Vieste para nos perder?»
«Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro». Esse espírito não podia suportar a presença do Senhor; tratava-se do espírito impuro que tinha conduzido os homens à idolatria. […] «Que acordo pode existir entre Cristo e Satanás?» (2Cor 6,15); Cristo e Satanás não podem estar associados um ao outro. «Começou a gritar: “Que tens Tu a ver conosco?”» Aquele que assim grita é um indivíduo que se exprime em nome de várias pessoas; isto prova que tem consciência de ter sido vencido, ele e os seus.
«Começou a gritar: “Que tens Tu a ver conosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus.”» Em pleno tormento, e apesar da intensidade do sofrimento que o faz gritar, não abandonou a hipocrisia. É forçado a dizer a verdade, o sofrimento a isso o obriga, mas a malícia impede-o de dizer toda a verdade: «Que tens Tu a ver conosco, Jesus Nazareno?» Porque não reconheces o Filho de Deus? Será de fato o Nazareno quem te tortura, e não o Filho de Deus? […]
Moisés era um santo de Deus. E Isaías e Jeremias também o foram. […] Porque não lhes dizes: «Sei quem Tu és: o Santo de Deus»? […] Não digas, pois: «Santo de Deus», mas «Deus Santo». Pensas que sabes, mas não sabes; ou, se sabes, calas-te por duplicidade. Porque Ele não é apenas o Santo de Deus, mas o Deus Santo.
Neste mês de janeiro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguintes intenções:
Universal: Diálogo inter-religioso
Para que o diálogo sincero entre homens e mulheres de diferentes religiões produza frutos de paz e de justiça.
Pela Evangelização: Unidade dos Cristãos
Para que, através do diálogo e da caridade fraterna, com a graça do Espírito Santo, sejam superadas as divisões entre os cristãos.