Dia 09 de janeiro de 2016 – Sábado do Tempo Natal depois da Epifania
Ano Santo Extraordinário da Misericórdia – “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36)!
Evangelho segundo S. João 3,22-30:
Naquele tempo, Jesus foi com os seus discípulos para a região da Judeia e ali convivia com eles e batizava.
Também João estava batizando em Enon, perto de Salim, porque havia ali águas abundantes e vinha gente para ser batizada.
João, de fato, ainda não tinha sido lançado na prisão.
Então levantou-se uma discussão entre os discípulos de João e um judeu, acerca dos ritos de purificação.
Foram ter com João e disseram-lhe: «Rabi, aquele que estava contigo na margem de além-Jordão, aquele de quem deste testemunho, está baptizarndo e toda a gente vai ter com Ele.»
João declarou: «Um homem não pode tomar nada como próprio, se isso não lhe for dado do Céu.
Vós mesmos sois testemunhas de que eu disse: ‘Eu não sou o Messias, mas apenas o enviado à sua frente.’
O esposo é aquele a quem pertence a esposa; mas o amigo do esposo, que está ao seu lado e o escuta, sente muita alegria com a voz do esposo. Pois esta é a minha alegria! E tornou-se completa!
Ele é que deve crescer, e eu diminuir.»
Comentário do dia
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
2.º Sermão para a Natividade de João Baptista, n.º 288, 2; PL 38-39, 1302-1304
«Ele é que deve crescer e eu diminuir.»
Antes de João Batista, houve profetas santos em grande número, homens dignos de Deus, cheios do seu Espírito, que anunciavam o advento do Senhor e que testemunhavam a verdade. Porém, não se disse deles o que se disse de João Batista: «Entre os nascidos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Batista» (Mt 11,11). Porquê então esta grandeza, enviada antes daquele que é a própria grandeza? Para testemunhar a profunda humildade do precursor.
Ele era tão grande, que o poderiam ter confundido com Cristo. Nada mais fácil […] porque, sem que ele o dissesse, era o que pensavam aqueles que o ouviam e o viam. […] Mas este humilde amigo do esposo, zelando pela honra do esposo, não pretende tomar o seu lugar como um adúltero. Ele dá testemunho do seu amigo, recomenda à esposa o verdadeiro esposo e tem horror a ser amado em seu lugar, porque apenas quer ser amado nele: «O amigo do esposo, que está a seu lado e o escuta, sente grande alegria com a voz do esposo.»
O discípulo escuta o mestre; permanece de pé porque o escuta, pois se se recusasse a ouvi-lo a sua queda era certa. O que se destaca a nossos olhos da grandeza de João é que ele podia ser tomado por Cristo e, no entanto, preferiu dar testemunho de Jesus Cristo, proclamar a sua grandeza e humilhar-se, a passar pelo Messias e enganar-se a si próprio, enganando os outros. É, pois, com toda a justiça que Jesus diz que ele era mais do que um profeta. […] João humilhou-se perante a grandeza do Senhor, para merecer que a sua humildade fosse levantada por esta grandeza. […] «Eu não sou digno», diz, «de Lhe desatar as correias das sandálias» (Mc 1,7)
Neste mês de janeiro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguintes intenções:
Universal: Diálogo inter-religioso
Para que o diálogo sincero entre homens e mulheres de diferentes religiões produza frutos de paz e de justiça.
Pela Evangelização: Unidade dos Cristãos
Para que, através do diálogo e da caridade fraterna, com a graça do Espírito Santo, sejam superadas as divisões entre os cristãos.