Leituras Bíblicas
Ano da Eucaristia – "…seus olhos se abriram…"(Lc 24,31)
Dia 11 de fevereiro de 2011
Sexta-feira da 5ª semana do Tempo Comum
Livro de Gênesis 3,1-8:
A serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus fizera; e disse à mulher: «É verdade ter-vos Deus proibido comer o fruto de alguma árvore do jardim?»
A mulher respondeu-lhe: «Podemos comer o fruto das árvores do jardim;
mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: ‘Nunca o deveis comer, nem sequer tocar nele, pois, se o fizerdes, morrereis.’
A serpente retorquiu à mulher: ‘Não, não morrereis;
porque Deus sabe que, no dia em que o comerdes, abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como Deus, pois conhecereis o bem e o mal’.»
Vendo a mulher que o fruto da árvore devia ser bom para comer, pois era de atraente aspecto e precioso para esclarecer a inteligência, agarrou do fruto, comeu, deu dele também a seu marido, que estava junto dela, e ele também comeu.
Então, abriram-se os olhos aos dois e, reconhecendo que estavam nus, coseram folhas de figueira umas às outras e colocaram-nas, como se fossem cinturas, à volta dos rins.
Ouviram, então, a voz do Senhor Deus, que percorria o jardim pela brisa da tarde, e o homem e a sua mulher logo se esconderam do Senhor Deus, por entre o arvoredo do jardim.
Livro de Salmos 32(31),1-2.5.6.7:
Feliz aquele a quem é perdoada a culpa e absolvido o pecado.
Feliz o homem a quem o Senhor não acusa de iniquidade e em cujo espírito não há engano.
Confessei-te o meu pecado e não escondi a minha culpa; disse: "Confessarei ao Senhor a minha falta"; e Tu me perdoaste a culpa do pecado.
Por isso, todo o fiel te invoca no tempo da angústia. E, mesmo que transbordem águas caudalosas, jamais o hão de atingir.
Tu és o meu refúgio: livras-me da angústia e me envolves em cânticos de libertação.
Evangelho segundo S. Marcos 7,31-37:
Tornando a sair da região de Tiro, veio por Sídon para o mar da Galileia, atravessando o território da Decápole.
Trouxeram-lhe um surdo-mudo e rogaram-lhe que impusesse as mãos sobre ele.
Afastando-se com ele da multidão, Jesus meteu-lhe os dedos nos ouvidos e fez saliva com que lhe tocou a língua.
Erguendo depois os olhos ao céu, suspirou dizendo: «Effathá», que quer dizer «abre-te.»
Logo os ouvidos se lhe abriram, soltou-se a prisão da língua e falava corretamente.
Jesus mandou-lhes que a ninguém revelassem o sucedido; mas quanto mais lho recomendava, mais eles o apregoavam.
No auge do assombro, diziam: «Faz tudo bem feito: faz ouvir os surdos e falar os mudos.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Papa Bento XVI
Discurso aos seminaristas 17/02/2007 (trad. © libreria Editrice Vaticana)
«Oxalá ouvísseis hoje a Sua voz» (Sl 94,7)
Como podemos discernir a voz de Deus entre as mil vozes que ouvimos todos os dias neste nosso mundo? Diria: Deus fala conosco de modos muito diferentes. Fala através de outras pessoas, através dos amigos, dos pais, do pároco, dos sacerdotes. […] Fala por meio dos acontecimentos da nossa vida, nos quais podemos discernir um gesto de Deus; fala também através da natureza, da criação, e fala, naturalmente e sobretudo, na Sua Palavra, na Sagrada Escritura, lida na comunhão da Igreja e pessoalmente em diálogo com Deus.
É importante ler a Sagrada Escritura, por um lado de modo muito pessoal, e realmente, como diz São Paulo, não como palavra de um homem ou como um documento do passado, como lemos Homero ou Virgílio, mas como uma Palavra de Deus que é sempre atual e fala comigo; aprender a ouvir um texto, que é historicamente do passado mas que é a Palavra viva de Deus, ou seja, entrar em oração, e assim fazer da leitura da Sagrada Escritura um diálogo com Deus.
Santo Agostinho, nas suas homilias, diz com frequência: «Bati várias vezes à porta desta Palavra, até que pude compreender o que o próprio Deus me dizia»; por um lado, esta leitura muito pessoal, este diálogo pessoal com Deus, no qual procuro o que o Senhor me diz; e, juntamente com esta leitura pessoal, é muito importante a leitura comunitária, porque o sujeito vivo da Sagrada Escritura é o Povo de Deus, é a Igreja.
Intenções do Apostolado da Oração para o mês de fevereiro 2011
Unidos à Igreja, ao Papa, rezemos:
Geral: Para que a família seja respeitada por todos em sua identidade e seja reconhecida a sua insubstituível contribuição em favor de toda a sociedade.
Missionária: Para que nos territórios de missão onde a luta às doenças é mais urgente, as comunidades cristãs saibam testemunhar a presença de Cristo ao lado dos que sofrem.