São Paulo, quinta-feira, 27 de janeiro de 2011 (ALC) – Com o intuito de alertar a população mundial a respeito da importância das matas, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2011 como o Ano Internacional das Florestas e escolheu como mote o tema “Florestas para o povo”.
A ONU quer incentivar a conservação e a gestão sustentável de todos os tipos de floresta do planeta, preservando a biodiversidade, combatendo o desmatamento ilegal, o crescimento da caça e evitando o agravamento das mudanças climáticas, relata o repórter Rogério Ferro, em matéria para o Instituto Akatu.
Dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente mostram que as florestas cobrem 31% da área terrestre do planeta, abrigam 300 milhões de pessoas, respondem pela sobrevivência de 1,6 bilhão de habitantes do planeta e por 80% da biodiversidade da Terra. Em 2004, o comércio mundial de produtos florestais movimentou 588,8 bilhões de reais.
Dos 5,5 milhões de quilômetros quadrados da área total da floresta amazônica, a maior da Terra, 60% estão localizados em território brasileiro.
O Ministério do Meio Ambiente estimou que pode chegar a 90% o consumo de madeira ilegal tirada da Amazônia do total comercializado no Brasil em 2008.
Mas há outras atividades que ameaçam florestas nacionais. A expansão de pastagens é um dos principais motivos para a derrubada de matas nativas. Entre dezembro de 2003 a dezembro de 2006, 96% dos 10 milhões de novos animais adicionados às fazendas brasileiras pastavam em áreas que um dia já foram florestas!
Também a expansão da fronteira agrícola dá-se a custas do desmatamento. A cultura da soja ocupou 21,3 milhões de hectares em 2008, o que corresponde a 45% de toda a lavoura brasileira de grãos. Dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) indicam que 5% da produção de soja brasileira é procedente de terras localizadas no bioma amazônico.