Dia 05 de novembro de 2015 – Quinta-feira da 31ª semana do Tempo Comum
15º aniversário da Diocese de Blumenau – Ano da Missão Diocesana
Evangelho segundo S. Lucas 15,1-10:
Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem.
Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles».
Jesus disse-lhes então a seguinte parábola:
«Quem de vós, que possua cem ovelhas e tenha perdido uma delas, não deixa as outras noventa e nove no deserto, para ir à procura da que anda perdida, até a encontrar?
Quando a encontra, põe-na alegremente aos ombros
e, ao chegar a casa, chama os amigos e vizinhos e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida’.
Eu vos digo: Assim haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrependa, do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento.
Ou então, qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e tendo perdido uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e procura cuidadosamente a moeda, até a encontrar?
Quando a encontra, chama as amigas e vizinhas e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida’.
Eu vos digo: Assim haverá alegria entre os Anjos de Deus por um só pecador que se arrependa».
Comentário do dia
Beato Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara
Retiro em Nazaré, Novembro de 1897
À procura da ovelha perdida
Ia-me afastando mais e mais de Vós, meu Senhor e minha vida, e a minha vida começava a ser uma morte, ou antes, era já uma morte a vossos olhos. E neste estado de morte me conserváveis ainda. […] A fé tinha desaparecido por completo, mas o respeito e a estima haviam permanecido intactos. Concedíeis-me outras graças, meu Deus, mantínheis em mim o gosto pelo estudo, pelas leituras sérias, pelas coisas belas, a repugnância pelo vício e pela fealdade. Fazia o mal, mas não o aprovava nem o amava. […] Dáveis-me essa vaga inquietação de uma má consciência que, por adormecida que esteja, nem por isso está morta.
Nunca senti esta tristeza, este mal-estar, esta inquietação, senão nessa altura. Era, pois, um dom vosso, meu Deus; que longe estava eu de suspeitar de que assim fosse! Que bom sois! E, ao mesmo tempo que impedíeis a minha alma, por essa invenção do vosso amor, de se afundar irremediavelmente, preserváveis o meu corpo: pois se tivesse morrido nessa altura, teria ido para o inferno. […] Os perigos da viagem, tão grandes e tão numerosos, de que me fizestes sair como que por milagre! A saúde inalterável nos lugares mais malsãos, apesar de tão grandes fadigas! Ó meu Deus, como tínheis a vossa mão sobre mim, e quão pouco eu a sentia! Como me protegestes! Como me abrigastes sob as vossas asas, quando eu nem sequer acreditava na vossa existência! E, enquanto assim me protegíeis, e o tempo ia passando, parecia-Vos que tinha chegado o momento de me reconduzir ao cercado.
Desfizestes, apesar de mim, todos os laços maus que me teriam mantido afastado de Vós; desfizestes mesmo todos os laços bons que me teriam impedido de ser, um dia, todo vosso. […] Foi a vossa mão, e só ela, que fez disto o começo, o meio e o fim. Que bom sois! Era necessário fazê-lo, para preparar a minha alma para a verdade; o demónio é excessivamente senhor de uma alma que não é casta, para nela deixar entrar a verdade; não podíeis entrar, meu Deus, numa alma onde o demónio das paixões imundas reinava como senhor. Queríeis entrar na minha, ó Bom Pastor, e fostes Vós que dela expulsastes o vosso inimigo.
Para este mês de novembro, eis as intenções do Papa:
Universal: Diálogo com todos Para que nos abramos ao encontro pessoal e ao diálogo com todos, também com aqueles que pensam de modo diferente do nosso.
Pela Evangelização: Pastores da Igreja Para que os pastores da Igreja, com profundo amor ao seu rebanho, acompanhem o seu caminho e animem a sua esperança.