Dia 04 de outubro de 2015 – 27º Domingo do Tempo Comum – Ano B
15º aniversário da Diocese de Blumenau – Ano da Missão Diocesana
Evangelho segundo S. Marcos 10,2-16:
Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus uns fariseus e perguntaram-lhe, para O experimentar, se era lícito ao marido divorciar-se da mulher.
Ele respondeu-lhes: «Que vos ordenou Moisés?»
Disseram: «Moisés mandou escrever um documento de repúdio e divorciar-se dela.»
Jesus retorquiu: «Devido à dureza do vosso coração é que ele vos deixou esse preceito.
Mas, desde o princípio da criação, Deus fê-los homem e mulher.
Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher,
e serão os dois um só. Portanto, já não são dois, mas um só.
Pois bem, o que Deus uniu não o separe o homem.»
De regresso a casa, de novo os discípulos o interrogaram acerca disto.
Jesus disse: «Quem se divorciar da sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira.
E se a mulher se divorciar do seu marido e casar com outro, comete adultério.»
Apresentaram-lhe uns pequeninos para que Ele os tocasse; mas os discípulos repreenderam os que os haviam trazido.
Vendo isto, Jesus indignou-se e disse-lhes: «Deixai vir a mim os pequeninos e não os afasteis, porque o Reino de Deus pertence aos que são como eles.
Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como um pequenino, não entrará nele.»
Depois, tomou-os nos braços e abençoou-os, impondo-lhes as mãos.
Comentário do dia
São João Paulo II (1920-2005), papa
Homilia de 19 Outubro de 1980
«Já não são dois, mas um só».
«O que Deus uniu, não o separe o homem» (Mt 19,6). Nesta expressão está contida a grandeza essencial do matrimônio e, ao mesmo tempo, a unidade moral da família. Hoje pedimos essa grandeza e essa dignidade para todos os esposos do mundo; pedimos essa potência sacramental e essa unidade moral para todas as famílias. E pedimo-lo para o bem do homem! Para o bem de cada um dos homens. O homem não tem outro caminho para a humanidade senão através da família. E a família deve ser colocada como o fundamento mesmo de toda a solicitude pelo bem do homem e de todo o esforço para o nosso mundo ser cada vez mais humano. Ninguém pode subtrair-se a esta solicitude: nenhuma sociedade, nenhum povo, nenhum sistema; nem o Estado, nem a Igreja, nem sequer o indivíduo.
O amor que une o homem e a mulher como cônjuges e pais é, ao mesmo tempo, dom e mandamento. O amor é dom: «vem de Deus, e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece-O» (1Jo 4,7). E, ao mesmo tempo, o amor é mandamento, é o maior mandamento «Amarás…» (Mt 22,37). Cumprir o mandamento do amor significa praticar todos os deveres da família cristã. Afinal, todos se reduzem a ele: a fidelidade e a honestidade conjugal, a paternidade responsável e a educação. A «pequena Igreja», a Igreja doméstica, significa a família que vive no espírito do mandamento do amor a sua verdade interior, o seu esforço diário, a sua beleza espiritual e a sua força. […] Se Deus é amado sobre todas as coisas, então também o homem ama e é amado com toda a plenitude do amor acessível a ele. Se se destrói esta estrutura inseparável de que fala o mandamento de Cristo, então o amor do homem apartar-se-á da sua raiz mais profunda, perderá a raiz da plenitude e da verdade, que lhe são essenciais.
Imploremos para todas as famílias cristãs, para todas as famílias do mundo, esta plenitude e verdade do amor, indicada pelo mandamento de Cristo.
Neste mês de outubro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos pelas seguintes intenções:
Universal: Tráfico de pessoas Para que seja erradicado o tráfico de pessoas, a forma moderna de escravidão.
Pela Evangelização: Missão na Ásia Para que, com espírito missionário, as comunidades cristãs do continente asiático anunciem o Evangelho a todos aqueles que ainda não o conhecem