Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 66,68)!
Dia 14 de setembro de 2010
A Igreja celebra hoje: Exaltação da Santa Cruz – Festa – Leia explicação do Cardeal Dom Eusébio Scheid: http://www.universocatolico.com.br/index.php?/exaltacao-da-santa-cruz.html
A Igreja celebra também hoje: São Materno de Colônia (séc. IV) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=14&Mes=9
Livro de Números 21,4-9.
Do monte Hor, os israelitas partiram pelo caminho do Mar dos Juncos para contornar a terra de Edom, mas cansaram-se na caminhada.
O povo falou contra Deus e contra Moisés: «Porque nos fizestes sair do Egipto? Foi para morrer no deserto, onde não há pão nem água, estando enjoados com este pão levíssimo?»
Mas o Senhor enviou contra o povo serpentes ardentes, que mordiam o povo, e por isso morreu muita gente de Israel.
O povo foi ter com Moisés e disse-lhe: «Pecamos ao protestarmos contra o Senhor e contra ti. Intercede junto do Senhor para que afaste de nós as serpentes.» E Moisés intercedeu pelo povo.
O Senhor disse a Moisés: «Faz para ti uma serpente abrasadora e coloca-a num poste. Sucederá que todo aquele que tiver sido mordido, se olhar para ela, ficará vivo.»
Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e fixou-a sobre um poste. Quando alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, vivia.
Livro de Salmos 78(77),1-2.34-35.36-37.38:
Escuta, meu povo, os meus ensinamentos; presta atenção às minhas palavras.
Vou abrir a minha boca em parábolas e revelar os enigmas de outros tempos.
Quando os castigava, eles procuravam-no, convertiam se e voltavam se para Deus.
Recordavam-se então que Deus era o seu protetor, que o Altíssimo era o seu libertador.
Mas logo o enganavam com a boca e lhe mentiam com a língua.
Os seus corações não eram leais com Ele, nem fiéis à sua aliança.
Mas Deus, que é misericordioso, perdoava-lhes os pecados e não os destruía. Muitas vezes conteve a sua ira e não deixava agir todo o seu furor.
Evangelho segundo S. João 3,13-17:
Pois ninguém subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem.
Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto,
a fim de que todo o que nele crê tenha a vida eterna.
Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigênito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna.
De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo João Crisóstomo (c. 345-407), padre em Antioquia, depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilia sobre «Pai, se é possível» (a partir da trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 72)
«Tanto amou Deus o mundo»
Foi a cruz que reconciliou os homens com Deus, que fez da terra um céu, que uniu os homens aos anjos. Ela derrubou a cidadela da morte, destruiu o poder do demônio, libertou a terra do mal, estabeleceu os fundamentos da Igreja. A cruz é a vontade do Pai, a glória do Filho, o júbilo do Espírito Santo. […]
A cruz é mais brilhante que o sol porque, quando o sol se turva, a cruz resplandece; e o sol turva-se, não no sentido de ser aniquilado, mas de ser vencido pelo esplendor da cruz. A cruz rasgou a ata da nossa condenação, quebrou as cadeias da morte. A cruz é a manifestação do amor de Deus: «Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o Seu Filho Unigênito, a fim de que todo o que Nele crê não se perca».
A cruz abriu o paraíso, deixou que nele entrasse o malfeitor (Lc 23,43) e conduziu ao Reino dos Céus a criatura humana, destinada à morte.