Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 22 de agosto de 2010
21º Domingo do Tempo Comum – Ano C
A Igreja celebra hoje: São Filipe Benício (1233-1285) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=22&Mes=8
Livro de Isaías 66,18-21:
Eu conheço as suas obras e os seus planos.» «Eu virei para reunir os povos de todas as línguas; todos virão e contemplarão a minha glória.
Colocarei no meio deles um sinal; enviarei alguns dos seus sobreviventes às nações: a Társis, a Pul e a Lud, especialistas do arco, a Tubal, à Grécia e às ilhas longínquas, que nunca ouviram falar de mim, nem viram a minha glória. Eles revelarão a minha glória a estas nações.
E de todos estes países trarão os vossos irmãos, como se se tratasse de uma oferenda ao Senhor. Virão a cavalo, em carros, em liteiras, em mulos e em camelos, até ao meu monte santo de Jerusalém diz o Senhor tal como os filhos de Israel trazem as suas oferendas em vasos puros à casa do Senhor.
Escolherei de entre eles sacerdotes e levitas diz o Senhor.
Livro de Salmos 117,1.2:
Louvai o SENHOR, todas as nações! Exaltai-o, todos os povos!
Porque o seu amor para connosco não tem limites e a fidelidade do Senhor é eterna!
Carta aos Hebreus 12,5-7.11-13:
Esquecestes a exortação que vos é dirigida como a filhos: Meu filho, não desprezes a correcção do Senhor,e não desanimes quando és repreendido por Ele,
porque o Senhor corrige os que ama e castiga todo o que reconhece como filho.
É para vossa correção que sofreis. Deus trata-vos como filhos; e qual é o filho a quem o pai não corrige?
É certo que toda a correcção, no momento em que é aplicada, não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; mais tarde, porém, produz um fruto de paz e de justiça nos que foram exercitados por ela.
Por isso, levantai as vossas mãos fatigadas e os vossos joelhos enfraquecidos,
fazei caminhos retos para os vossos pés, para que o coxo não coxeie mais, mas seja curado.
Evangelho segundo S. Lucas 13,22-30:
Jesus percorria cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém.
Disse-lhe alguém: «Senhor, são poucos os que se salvam?» Ele respondeu-lhes:
«Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos tentarão entrar sem o conseguir.
Uma vez que o dono da casa se levante e feche a porta, ficareis fora e batereis, dizendo: ‘Abre-nos, Senhor!’ Mas ele há-de responder-vos: ‘Não sei de onde sois.’
Começareis, então, a dizer: ‘Comemos e bebemos contigo e Tu ensinaste nas nossas praças.’
Responder-vos-á: ‘Repito-vos que não sei de onde sois. Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade.’
Lá haverá pranto e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacob e todos os profetas no Reino de Deus, e vós a serdes postos fora.
Hão de vir do Oriente, do Ocidente, do Norte e do Sul, sentar-se à mesa no Reino de Deus.
E há últimos que serão dos primeiros e primeiros que serão dos últimos.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Anselmo (1033-1109), monge, bispo, Doutor da Igreja
Proslogion, 25-26 (a partir da trad. Orval)
Ter lugar no banquete do Reino de Deus
Que grande felicidade é possuir o Reino de Deus! Que grande alegria para ti, coração humano, pobre coração habituado ao sofrimento e esmagado pela dor, quando usufruíres de uma felicidade tal. […] E contudo, se outra pessoa, alguém que amasses como a ti mesmo, participasse de felicidade idêntica, a tua alegria redobraria, porque te alegrarias tanto por ti como por ele. E se dois ou três, ou muitos mais, possuíssem essa mesma felicidade, sentirias por cada um deles a mesma alegria que sentes por ti próprio, porque amarias cada um deles como a ti mesmo.
Assim, pois, nesta plenitude de amor que unirá os numerosos bem-aventurados, em que ninguém amará os outros menos que a si mesmo, cada um usufruirá da felicidade dos outros como da própria. E o coração do homem, incapaz de conter a própria alegria, será imerso no oceano de tão grandes e numerosas beatitudes. Ora, como sabeis, cada um se alegra com a felicidade dos outros na medida em que os ama; assim, nesta beatitude perfeita em que cada um amará a Deus incomparavelmente mais do que a si mesmo e a todos os outros, a felicidade infinita de Deus será para todos uma fonte de incomparável alegria.