Dia 02 de julho de 2015 – Quinta-feira da 13ª semana do Tempo Comum
15º aniversário da Diocese de Blumenau – Ano da Missão Diocesana
Evangelho segundo S. Mateus 9,1-8:
Naquele tempo, Jesus subiu para um barco, atravessou o mar e foi para a cidade de Cafarnaum.
Apresentaram-Lhe então um paralítico que jazia numa maca. Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: «Filho, tem confiança; os teus pecados estão perdoados».
Alguns escribas disseram para consigo: «Este homem está blasfemando».
Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: «Porque pensais mal em vossos corações?
Na verdade, que é mais fácil: dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te e anda’?
Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados, ‘Levanta-te __ disse Ele ao paralítico __ toma a tua maca e vai para casa’.
O homem levantou-se e foi para casa.
Ao ver isto, a multidão ficou cheia de temor e glorificava a Deus por ter dado tal poder aos homens.
Comentário do dia
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, nº 29,1
«Quem pode perdoar pecados senão Deus?» (Mc 2,7)
«Apresentaram-Lhe um paralítico.» São Mateus diz simplesmente que esse paralítico foi levado a Jesus. Outros evangelistas narram que foi descido por uma abertura no teto e apresentado ao Salvador sem nada pedir, deixando que fosse Ele a decidir sobre a cura. […]
O evangelho diz: «Vendo Jesus a fé deles», isto é, dos que Lhe levaram o paralítico. Reparai que, algumas vezes, Cristo não faz caso nenhum da fé do doente: talvez ele seja incapaz de a ter, por estar inconsciente ou possuído por um espírito mau. Mas este paralítico tinha uma grande confiança em Jesus; de outra forma, como teria permitido que o descessem até Ele? Cristo responde a essa confiança com um prodígio extraordinário. Com o poder do próprio Deus, perdoa os pecados a esse homem. Mostra assim ser igual ao Pai, verdade que já tinha mostrado quando dissera ao leproso: «Quero, fica purificado!» (Mt 8,3), […] quando, com uma só palavra, tinha acalmado o mar em fúria (Mt 8,26), ou quando, como Deus, tinha expulsado os demônios, que reconheciam nele o seu soberano e o seu juiz (cf Mt 8,32). Ora, aqui Ele mostra aos seus adversários, para grande espanto destes, que é igual ao Pai.
E o Salvador mostra também, mais uma vez, que rejeita tudo o que é espetacular ou fonte de glória vã. A multidão pressiona-O de todos os lados, mas Ele não tem pressa em fazer um milagre visível, curando a paralisia exterior desse homem. […] Começa por fazer um milagre invisível, curando-lhe a alma. Essa cura é infinitamente mais vantajosa para o homem — e, na aparência, menos gloriosa para Cristo.
Neste mês de Julho, rezemos nas intenções do Papa:
Universal: Política e caridade Para que a responsabilidade política seja vivida a todos os níveis como uma forma elevada de caridade.
Pela Evangelização: Os pobres na América Latina Para que, diante das desigualdades sociais, os cristãos da América Latina dêem testemunho do amor pelos pobres e contribuam para uma sociedade mais fraterna.