Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 05 de agosto de 2010
Quinta-feira da 18ª semana do Tempo Comum
A Igreja celebra hoje: Santo Osvaldo de Nortúmbria (604 – 642) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=5&Mes=8
Livro de Jeremias 31,31-34:
Dias virão em que firmarei uma nova aliança com a casa de Israel e a casa de Judá – oráculo do Senhor.
Não será como a aliança que estabeleci com seus pais, quando os tomei pela mão para os fazer sair da terra do Egito, aliança que eles não cumpriram, embora Eu fosse o seu Deus – oráculo do Senhor.
Esta será a Aliança que estabelecerei, depois desses dias, com a casa de Israel – oráculo do Senhor: Imprimirei a minha lei no seu íntimo e gravá-la-ei no seu coração. Serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
Ninguém ensinará mais o seu próximo ou o seu irmão, dizendo: ‘Aprende a conhecer o Senhor!’ Pois todos me conhecerão, desde o maior ao mais pequeno, porque a todos perdoarei as suas faltas, e não mais lembrarei os seus pecados» – oráculo do Senhor.
Livro de Salmos 51(50),12-13.14-15.18-19:
Cria em mim, ó Deus, um coração puro; renova e dá firmeza ao meu espírito.
Não me afastes da tua presença, nem me prives do teu santo espírito!
Dá-me de novo a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito generoso.
Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos e os pecadores hão de voltar para ti.
Não te comprazes nos sacrifícios nem te agrada qualquer holocausto que eu te ofereça.
O sacrifício agradável a Deus é o espírito contrito; ó Deus, não desprezes um coração contrito e arrependido.
Evangelho segundo S. Mateus 16,13-23:
Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?»
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.»
Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.»
Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu.
Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela.
Dar-te ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.»
Depois, ordenou aos discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o Messias.
A partir desse momento, Jesus Cristo começou a fazer ver aos seus discípulos que tinha de ir a Jerusalém e sofrer muito, da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos doutores da Lei, ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.
Tomando-o de parte, Pedro começou a repreendê-lo, dizendo: «Deus te livre, Senhor! Isso nunca te há de acontecer!»
Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: «Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um estorvo, porque os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens!»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), Fundadora das irmãs Missionárias da Caridade
Não há maior amor (a partir da trad. de Il n’y a pas de plus grand amour, Lattès 1997, p. 116)
O sacramento da reconciliação: «Tudo o que desligares na terra será desligado no Céu»
A confissão é um ato magnífico, um ato de grande amor. Só aí podemos entregar-nos enquanto pecadores, portadores de pecado, e só da confissão podemos sair como pecadores perdoados, sem pecado.
A confissão nunca é mais do que humildade em ação. Dantes chamávamos-lhe penitência mas trata-se na verdade de um sacramento de amor, do sacramento do perdão. Quando se abre uma brecha entre mim e Cristo, quando o meu amor faz uma fissura, qualquer coisa pode vir preencher essa falha. A confissão é esse momento em que eu permito a Cristo suprimir de mim tudo o que divide, tudo o que destrói. A realidade dos meus pecados deve vir primeiro. Quase todos nós corremos o perigo de nos esquecermos de que somos pecadores e de que nos devemos apresentar à confissão como tais. Devemos dirigir-nos a Deus para Lhe dizer quão pesarosos estamos de tudo o que possamos ter feito que O tenha magoado.
O confessionário não é um local para conversas banais ou para tagarelices. Aí preside um único tema – os meus pecados, o meu arrependimento, como vencer as minhas tentações, como praticar a virtude, como crescer no amor a Deus.