A alegria de crescer no amor de Deus, caminhando e sendo presença evangelizadora na comunidade. Assim, a Diocese de Blumenau completa, em junho, os primeiros 15 anos de missão. Com uma trajetória marcada por grandes desafios e conquistas, a história da Diocese é relembrada com a vibração e o entusiasmo de um povo disposto a vencer a jornada e seguir, de cabeça erguida, a sua missão, por muitos e muitos anos.
No dia 17 de fevereiro de 1995, o bispo da Diocese de Joinville, Dom Orlando Brandes, enviou correspondência a Dom Eusébio Oscar Scheid, então Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, destacando a necessidade de criação de uma diocese com sede em Blumenau, algo que já havia sido levantado por Dom Gregório, Dom Afonso e Dom Tito pouco tempo antes.
Os bispos solicitaram os nomes das paróquias da arquidiocese que, segundo o parecer do Arcebispo, deveriam pertencer à nova diocese. Expuseram sua intenção de levar o processo a Roma por ocasião da visita dos bispos catarinenses.
Na mesma data, o Bispo de Joinville também solicitou a Dom Tito Buss, bispo de Rio do Sul, os nomes das paróquias que deveriam pertencer à futura Diocese de Blumenau. Dom Tito, em carta de 5 de março, responde cedendo os municípios de Benedito Novo e Doutor Pedrinho (Paróquias de São Roque e Santa Maria). Em 31 de agosto de 1995, a resposta de Dom Eusébio, cedendo cinco municípios com as respectivas Paróquias de Penha (Nossa Senhora da Penha), Piçarras (Nossa Senhora da Paz), Navegantes (Nossa Senhora dos Navegantes), Ilhota (São Pio X) e Luís Alves (São Vicente de Paulo).
Em agosto do mesmo ano, os padres da Comarca de Blumenau, reunidos na Paróquia Santa Terezinha,Blumenau, manifestaram por escrito seu apoio à criação da diocese. A região pertencia a Joinville e constituía-se de seis municípios e 14 paróquias.
Dom Frei Carlos Schmitt e mais 18 padres assinaram a petição. Uma comissão, eleita pelos presbíteros da Diocese de Joinville, formada pelos monsenhores Helmuth Berkembrock e Irineu Lückmann e Pe. Antonio Francisco Bohn, aprovada por Dom Orlando, elaborou o “Projeto de Desmembramento da Diocese de Joinville e a Criação da Nova Diocese”, contendo 98 páginas.
Em 16 de novembro, aconteceu a reunião da comissão com os Freis Caetano Ferrari e Augusto Koenig, representantes da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. Em 27 de dezembro, através de correspondência assinada por Frei Salésio Hillesheim, secretário geral da Província, a criação da nova diocese recebia o apoio dos franciscanos.
A Diocese foi anunciada no Vaticano no dia 17 de abril do ano 2000. No dia 24 de junho do mesmo ano, pela Constituição Apostólica “Venerabiles fratres”, do Papa João Paulo II, lida publicamente, durante solene celebração eucarística, a nova Diocese de Blumenau foi criada canônica e civilmente.
Bispos diocesanos
A posse de primeiro bispo diocesano, Dom Angélico Sândalo Bernardino ocorreu no mesmo dia 24 de junho de 2000, durante a celebração da criação da Diocese.
Em janeiro de 2009, Dom Angélico, tendo completado a idade de 75 anos, enviou ao Papa Bento XVI sua carta-pedido de renúncia ao Governo Pastoral da Diocese de Blumenau, obedecendo norma do Direito Canônico. Bento XVI acolheu o pedido de renúncia de Dom Angélico em fevereiro de 2009. E o mesmo Papa nomeou como segundo Bispo Diocesano de Blumenau a Dom José Negri, até então, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Florianópolis, cuja posse aconteceu no dia 04 de Abril de 2009 na Catedral São Paulo Apóstolo.
Depois de quase seis anos na Diocese de Blumenau, em 2014 Dom José Negri foi nomeado pelo Papa Francisco como bispo coadjutor para a Diocese de Santo Amaro, no Estado de São Paulo.
Em janeiro de 2015, o Santo Padre nomeou Dom João Francisco Salm como administrador apostólico da Diocese de Blumenau. Bispo Diocesano da cidade de Tubarão, em Santa Catarina, Dom João Francisco acumula, desde então, os dois cargos, até que seja nomeado um novo bispo diocesano para a Diocese de Blumenau.
Missão Diocesana marca ano de comemorações
Para comemorar o 15º aniversário em grande estilo, a Diocese de Blumenau realiza durante todo este ano a Missão Diocesana. Com o tema “Evangelizando no amor e na Graça” e o lema “Ai de mim se eu não evangelizar” (1Cor 9,16), o evento envolve todas as paróquias e comunidades da Diocese até o fim do ano.
De acordo com o coordenador diocesano de pastoral, padre Anderson Ferrari, a missão está ocorrendo para ser o coroamento da caminhada pastoral da diocese ao longo destes 15 anos, bem como, vem atender o apelo que o Documento de Aparecida diz: “Uma Igreja em estado permanente de missão”; como também às falas do Papa Francisco que pede uma “Igreja em saída”.
“Temos paróquias que já realizaram a missão, outras que estão realizando as visitas e outras, ainda, que estão concluindo a formação dos missionários. Aonde as missões estão acontecendo há uma grande animação dos missionários e da comunidade local”, afirma o padre Anderson.