Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 30 de junho de 2010
Quarta-feira da 13ª semana do Tempo Comum
A Igreja celebra hoje: Os primeiros mártires da santa Igreja romana (Século I) – Leia sua história: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=30&Mes=6
Livro de Amós 5,14-15.21-24:
Buscai o bem e não o mal, para que vivais, e o SENHOR, Deus do universo, estará convosco, como vós dizeis.
Detestai o mal, amai o bem, fazei reinar a justiça no tribunal. Talvez, então, o SENHOR, Deus do universo, tenha compaixão do resto de José."
"Eu detesto e rejeito as vossas festas; e não sinto nenhum gosto nas vossas assembleias.
Se me ofereceis holocaustos e oblações, não as aceito, nem ponho os meus olhos nos sacrifícios das vossas vítimas gordas.
Afastai de mim o vozear dos vossos cânticos, não quero ouvir mais a música das vossas harpas.
Antes, jorre a equidade como uma fonte, e a justiça como torrente que não seca.
Livro de Salmos 50,7.8-9.10-11.12-13.16-17:
"Escuta, meu povo, sou Eu quem vai falar; Israel, vou testemunhar contra ti: Eu sou o Senhor, teu Deus.
Não te repreendo por causa dos teus sacrifícios; os teus holocaustos estão sempre na minha presença.
Não reivindico os novilhos da tua casa, nem os cabritos dos teus currais;
pois são meus todos os animais dos bosques, e os que se encontram nos altos montes.
Conheço todas as aves do céu e pertencem-me os répteis do campo.
Se Eu tivesse fome, não to diria, pois o mundo é meu e tudo o que ele contém.
Porventura Eu como a carne dos touros, ou bebo o sangue dos cabritos?
Ao pecador, Deus declara: "Porque andas sempre a falar da minha lei e trazes na boca a minha aliança,
tu que detestas os meus ensinamentos e rejeitas as minhas palavras?
Evangelho segundo S. Mateus 8,28-34:
Chegado à outra margem, à região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois possessos, que habitavam nos sepulcros. Eram tão ferozes que ninguém podia passar por aquele caminho.
Vendo-o, disseram em alta voz: «Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?»
Ora, andava a pouca distância dali, a pastar, uma grande vara de porcos.
E os demônios pediram-lhe: «Se nos expulsas, manda-nos para a vara de porcos.»
Disse lhes Jesus: «Ide!» Então, eles, saindo, entraram nos porcos, que se despenharam por um precipício, no mar, e morreram nas águas.
Os guardas fugiram e, indo à cidade, contaram tudo o que se tinha passado com os possessos.
Toda a cidade saiu ao encontro de Jesus e, vendo-o, rogaram-lhe que se retirasse daquela região.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Concílio Vaticano II
Constituição sobre a Igreja no mundo contemporâneo (Gaudium et spes), §§ 9-10 – Copyright © Libreria Editrice Vaticana
«Rogaram-Lhe que Se retirasse daquela região»
O mundo atual apresenta-se, assim, simultaneamente poderoso e débil, capaz do melhor e do pior, tendo patente diante de si o caminho da liberdade ou da servidão, do progresso ou da regressão, da fraternidade ou do ódio. E o homem torna-se consciente de que a ele compete dirigir as forças que suscitou, e que tanto o podem esmagar como servir. Por isso se interroga a si mesmo.
Na verdade, os desequilíbrios de que sofre o mundo atual estão ligados com aquele desequilíbrio fundamental que se radica no coração do homem. Porque no íntimo do próprio homem muitos elementos se combatem. Enquanto, por uma parte, ele se experimenta, como criatura que é, multiplamente limitado, por outra sente-se ilimitado nos seus desejos, e chamado a uma vida superior. Atraído por muitas solicitações, vê-se obrigado a escolher entre elas e a renunciar a algumas. Mais ainda, fraco e pecador, faz muitas vezes aquilo que não quer e não realiza o que desejaria fazer (Rm 7,15). Sofre assim em si mesmo a divisão, da qual tantas e tão grandes discórdias se originam para a sociedade. […]
Perante a evolução atual do mundo, cada dia são mais numerosos os que põem ou sentem com nova acuidade as questões fundamentais: Que é o homem? Qual o sentido da dor, do mal, e da morte, que, apesar do enorme progresso alcançado, continuam a existir? Para que servem essas vitórias, ganhas a tão grande preço? Que pode o homem dar à sociedade, e que coisas pode dela receber? Que há para além desta vida terrena?
A Igreja, por sua parte, acredita que Jesus Cristo, morto e ressuscitado por todos, oferece aos homens, pelo Seu Espírito, a luz e a força para poderem corresponder à sua altíssima vocação; nem foi dado aos homens sob o céu outro nome, no qual devam ser salvos (At 4,12). Acredita também que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontram no seu Senhor e mestre. E afirma, além disso, que, subjacentes a todas as transformações, há muitas coisas que não mudam, cujo último fundamento é Cristo, o mesmo ontem, hoje, e para sempre (Hb 13,8).