Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 09 de junho de 2010
Quarta-feira da 10ª semana do Tempo Comum
A Igreja celebra hoje: Santo Efrém (306-373) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=9&Mes=6
Livro de 1º Reis 18,20-39:
Acab mandou chamar todos os filhos de Israel e reuniu os profetas no monte Carmelo.
Elias aproximou-se de todo o povo e disse: «Até quando continuareis a coxear dos dois pés? Se o Senhor é Deus, segui-o; mas se Baal é que é Deus, então segui a Baal!» O povo não respondeu.
Elias continuou: «Só eu fiquei, como único profeta do Senhor, enquanto que os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta.
Dêem-nos, então, dois novilhos; eles escolherão um, hão de esquartejá-lo e o colocarão sobre a lenha, sem lhe chegar fogo. Eu tomarei o outro novilho, colocá-lo-ei sobre a lenha, sem igualmente, lhe chegar fogo.
Em seguida invocareis o nome do vosso deus; eu invocarei o nome do Senhor. Aquele que responder, enviando o fogo, será reconhecido como o verdadeiro Deus.» Todo o povo respondeu: «Estas palavras são corretas.»
Então Elias disse aos sacerdotes de Baal: «Escolhei vós primeiro um novilho e preparai-o, porque vós sois mais numerosos; invocai o vosso deus, mas não chegueis fogo ao novilho.»
Eles tomaram o novilhos que lhes fora dado e esquartejaram-no. Depois puseram-se a invocar o nome de Baal, desde manhã até ao meio-dia, gritando: «Baal, escuta-nos!» Mas nenhuma voz se ouviu, nem houve quem respondesse. E dançavam à volta do altar que tinham levantado.
Quando era já meio-dia, Elias começou a escarnecer deles, dizendo: «Gritai com mais força! Talvez esse deus esteja entretido com alguma conversa! Ou então estará ocupado, ou anda de viagem. Talvez esteja a dormir! É preciso acordá-lo!»
Então eles gritavam em voz alta, feriam-se, segundo o seu costume, com espadas e lanças, até ficarem cobertos de sangue.
Passado o meio-dia, continuaram enfurecidos, até à hora em que era habitual fazer-se oblação. Mas não se ouviu resposta nem qualquer sinal de atenção.
Foi então que Elias disse a todo o povo: «Aproximai-vos de mim.» E todo o povo se aproximou dele. Elias reconstruiu logo o altar do Senhor que tinha sido demolido.
Tomou doze pedras, segundo o número das tribos de Jacó, a quem o Senhor dissera: «Chamar-te-ás Israel.»
Com essas pedras, erigiu um altar ao nome do Senhor; em volta do altar cavou um sulco, com a capacidade de duas medidas de semente.
Dispôs a lenha, sobre a qual colocou o boi esquartejado,
e disse: «Enchei quatro talhas de água e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha.» Depois acrescentou: «Tornai a fazer o mesmo.» Tendo eles repetido o gesto, acrescentou: «Fazei-o pela terceira vez.» E eles obedeceram.
A água correu à volta do altar até o sulco ficar completamente cheio.
À hora do sacrifício, o profeta Elias aproximou-se, dizendo: «Senhor, Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó, mostra hoje que és Tu o Deus em Israel, que eu sou o teu servo; às tuas ordens é que eu fiz tudo isto.
Responde-me, Senhor, responde-me! Que este povo reconheça que Tu, Senhor, é que és Deus, aquele que lhes converte os corações.»
De repente, o fogo do Senhor caiu do céu e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras, a lama e até mesmo a própria água do sulco.
Ao ver isto, o povo prostrou-se de rosto por terra, exclamando: «O Senhor é que é Deus! O Senhor é que é Deus!»
Livro de Salmos 16(15),1-2.4.5.8.11:
Defende me, ó Deus, porque em ti me refugio.
Digo ao SENHOR: "Tu és o meu Deus, és o meu bem e nada existe acima de ti."
Como aqueles que multiplicam os seus ídolos e correm atrás deles, não tomarei parte nas suas libações de sangue, nem sequer pronunciarei os seus nomes.
SENHOR, minha herança e meu cálice, a minha sorte está nas tuas mãos.
Tenho sempre o SENHOR diante dos meus olhos; com Ele a meu lado, jamais vacilarei.
Hás de ensinar-me o caminho da vida, saciar-me de alegria na tua presença, e de delícias eternas, à tua direita.
Evangelho segundo S. Mateus 5,17-19:
«Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição.
Porque em verdade vos digo: Até que passem o céu e a terra, não passará um só jota ou um só i da Lei, sem que tudo se cumpra.
Portanto, se alguém violar um destes preceitos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será o menor no Reino do Céu. Mas aquele que os praticar e ensinar, esse será grande no Reino do Céu.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Catecismo da Igreja Católica, §§ 577-581
O cumprimento da Lei
Jesus fez uma solene advertência no início do sermão da montanha, ao apresentar a Lei dada por Deus no Sinai, aquando da primeira Aliança, à luz da graça da Nova Aliança: «Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição» (Mt 5,17-19). […]
Jesus, o Messias de Israel e, portanto, o maior no Reino dos céus, fazia questão de cumprir a Lei, executando-a integralmente até nos mais pequenos preceitos, segundo as Suas próprias palavras. Foi, mesmo, o único a poder fazê-lo perfeitamente. […] O cumprimento perfeito da Lei só podia ser obra do divino Legislador, nascido sujeito à Lei na pessoa do Filho. Em Jesus, a Lei já não aparece gravada em tábuas de pedra, mas «no íntimo do coração» (Jr 31,33) do Servo, o qual, proclamando «fielmente o direito» (Is 42,3), se tornou «a aliança do povo» (Is 42,6). Jesus cumpriu a Lei até ao ponto de tomar sobre Si «a maldição da Lei» (Gal 3,13) em que incorrem «aqueles que não praticam todos os preceitos da Lei» [Gal 3,10); porque «a morte de Cristo foi para remir as faltas cometidas durante a primeira Aliança» (Heb 9,15).
Jesus […] «ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas» (Mt 7,28-29). N’Ele, era a própria Palavra de Deus, que Se fizera ouvir no Sinai para dar a Moisés a Lei escrita, que de novo Se fazia ouvir sobre a montanha das bem-aventuranças (Mt 5,1). Esta Palavra de Deus não aboliu a Lei, mas cumpriu-a, ao fornecer, de modo divino, a sua interpretação última: «Ouvistes que foi dito aos antigos […] Eu, porém, digo-vos» (Mt 5,33-34). Com esta mesma autoridade divina, desaprova certas «tradições humanas» (Mc 7,8) dos fariseus, que «anulam a Palavra de Deus» (Mc 7,13).