Dia 16 de maio de 2015 – Sábado da 6ª semana da Páscoa
15º aniversário da Diocese de Blumenau – Ano da Missão Diocesana
Evangelho segundo S. João 16,23b-28:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai em meu nome, Ele vo-la dará.
Até agora não pedistes nada em meu nome; pedi e recebereis. Assim, a vossa alegria será completa.»
«Até aqui falei-vos por meio de comparações. Está chegando a hora em que já não vos falarei por comparações, mas claramente vos darei a conhecer o que se refere ao Pai.
Nesse dia, apresentareis em meu nome os vossos pedidos ao Pai, e não vos digo que rogarei por vós ao Pai,
pois é o próprio Pai que vos ama, porque vós já me tendes amor e já credes que Eu saí de Deus.
Saí do Pai e vim ao mundo; agora deixo o mundo e vou para o Pai.»
Comentário do dia
São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Sermão da Quaresma nº 5, 5
«Tudo o que pedirdes a meu Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá»
Quando falo da súplica, parece-me perceber no vosso coração certas reflexões humanas que tenho ouvido muitas vezes, até no meu próprio coração. Não cessando nós nunca de suplicar, como é que parece que tão raramente experimentamos o fruto das nossas súplicas? Temos a impressão de sair da oração de súplica como entramos: ninguém nos responde uma única palavra, ninguém nos dá nada e temos a impressão de ter pedido em vão. Mas o que diz o Senhor no evangelho? «Não julgueis pelas aparências, julgai segundo a justiça» (Jo 7,24). E o que é um julgamento justo, senão um julgamento de fé? Porque «o justo vive pela fé» (Gl 3,11). Julgai pois preferencialmente pela fé, em vez de o fazerdes pela experiência, porque a fé não engana, enquanto a experiência pode induzir em erro.
E qual é a verdade da fé, senão a que o próprio Filho de Deus nos prometeu? «Tudo quanto pedirdes, orando, acreditai que o recebereis e obtereis» (Mc 11,24). Assim, que ninguém entre vós, irmãos, tenha em pouca conta a sua prece! Porque vos asseguro que Aquele a quem ela é dirigida não a tem em pouca conta; antes mesmo de ela ter saído da vossa boca, Ele a escreveu no seu livro. Podemos estar certos, sem a mínima dúvida, de que, ou Deus nos concede o que lhe pedimos, ou nos dará outra coisa que Ele sabe ser mais vantajosa para nós. Porque «nós não sabemos o que devemos pedir em nossas orações» (Rm 8,26), mas Deus tem compaixão da nossa ignorância e recebe a nossa prece com bondade. […] Por isso, «põe no Senhor as tuas delícias; Ele conceder-te-á os desejos do teu coração» (Sl 36,4).
Para o mês de maio, eis as intenções do Papa, pelas quais vamos, nós também rezar:
Universal: Cuidado pelos que sofrem
Para que, rejeitando a cultura da indiferença, cuidemos daqueles que sofrem, em particular os doentes e os pobres.
Pela Evangelização: Disponibilidade para a missão
Para que a intercessão de Maria ajude os cristãos em ambientes secularizados a disporem-se a anunciar Jesus.