A Assunção de Maria e a alegria – Reflexão de Pe. Raul Kestring

Um aspecto do mistério da Assunção da Maria ao céu que não se pode secundar ou olvidar, sem dúvida é o aspecto da alegria. Todas as verdadeira conquistas humanas trazem consigo a satisfação, a alegria. Lembro-me da ocasião em que eu chegava à conclusão do Ensino Médio, no ano de 1968. Todo o protocolo naquele final de ano, vivia-se em júbilo de ter alcançado mais uma meta rumo ao sonhado sacerdócio. Não esqueço da presença de meus pais no dia da entrega dos certificados. Não esqueço da presença do meu amado avô materno João. Alegria de fato partilhada com um sem-número de pessoas de alguma forma ligadas à gente.

Se humanamente as conquistas nesta vida são gratificantes, quanto mais, no final da nossa vida, aquela conquista definitiva da “coroa da justiça” (2Tm 4,8), como diz São Paulo! Ainda o mesmo Paulo aumenta a nossa expectativa quando escreve: “Olho algum jamais viu, ouvido algum nunca ouviu e mente nenhuma imaginou o que Deus predispôs para aqueles que o amam” (1Cor 2,9).

Essa surpreendente e imensurável alegria a Mãe de Jesus provou após seguir fielmente o seu Filho Deus e Salvador! São João Damasceno, um Padre da Igreja dos primeiros tempos, ressalta que Maria não morreu de alguma doença ou de velhice, mas morreu de amor. Era tão grande o desejo de se encontrar plenamente com o seu divino Filho que, abrasada por esse amor ardente, partiu deste mundo.

Mas esta alegria, nós não a viveremos somente após a nossa morte. Nem para Maria foi assim! Imaginemos a alegria dela nas bodas de Caná, quando viu o milagre da transformação da água em vinho, naquele casamento. A festa ia se acabando porque terminara a bebida que alegrava os seus participantes. Como não devem te-la abraçado, agradecido, elogiado, como também o seu filho, após verem o problema, a gave, resolvidos? Imaginemos que a mãe de Jesus não sabia tudo do mistério da encarnação. Com sua humildade e atenção, as revelações lhe vinham aos poucos das “grandes coisas” que estavam acontecendo e das quais ia se descobrindo protagonista, desde o momento da Anunciação.

A vida humana, afirmam os filósofos e teólogos é um mistério de dor e amor, ou seja, de alegria! E, em Jesus, na sua paixão, morte e ressurreição, a dor humana é redimida, transformada, sublimada, e, assim, ela não tem poder de nos roubar a alegria. Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, falecida há pouco tempo (2008), a partir da sua profunda experiência de fé, e que inspira atualmente mais de cinco milhões de pessoas, em praticamente todos os países do planeta, afirmava: “Só quem passa pelo gelo da dor chega ao incêndio do amor”. Interessante, a existência corpórea pode provar o “incêndio do amor”. Assim, parece que morrer de amor não tenha se restringido à mãe do Senhor. Quanto mais o ser humano dedica-se à aventura de amar, mais vai se alargando seu coração, à semelhança da Virgem de Nazaré, do próprio Jesus e de muitos dos seus seguidores.

Nos passos de Maria, então, façamos da nossa vida um hino à alegria! Desde as pequenas alegrias que, na luz da fé e do amor, provamos nesta vida, até a alegria plena definitiva do céu.

Diante da falta de alegria no nosso mundo, especialmente em muitos rostos cristãos, o Papa Francisco vem acentuando essa autêntica virtude cristã! Nada mais e nada menos do que uma Exortação Apostólica, chamada “Evangelii Gaudium” (A Alegria do Evangelho) publicou ele em 2013! Concluindo essa mensagem, pede Francisco a Maria:

“Estrela da nova evangelização,
ajudai-nos a refulgir com o testemunho da comunhão,
do serviço, da fé ardente e generosa,
da justiça e do amor aos pobres,
para que a alegria do Evangelho
chegue até aos confins da terra
e nenhuma periferia fique privada da sua luz.”
“Mãe do Evangelho vivente,
manancial de alegria para os pequeninos,
rogai por nós!”
Amém! Aleluia!

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