Palavra: Lc 15, 11ss:
11. “Jesus continuou: ‘Um homem tinha dois filhos.
12. O filho mais novo disse ao pai: – Pai, me dá a parte da herança que me cabe. E o pai dividiu os bens entre eles.
13. Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu, e partiu para um lugar distante. E aí esbanjou tudo numa vida desenfreada.
14. Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome nesta região, e ele começou a passar necessidade.
15. Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para a roça, cuidar dos porcos.
16. O rapaz queria matar a fome com a lavagem que os porcos comiam, mas nem isso lhe davam.
17. Então, caindo em si, disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome…
18. Vou me levantar, e vou encontrar meu pai, e dizer a ele: – Pai, pequei contra Deus e contra ti;
19. já não mereço que me chamem teu filho. Trata-me como um dos teus empregados’.
20. Então se levantou e foi ao encontro do pai.
Esta Parábola representa a fundamentação básica do Programa de Vida Nova, onde nos é dado o direito de escolha. Muitos optam em buscar uma vida intensa, indo de encontro ao convívio familiar, aos conceitos e conhecimentos oferecidos pelos pais, abrindo mão de conselhos e absorvendo tudo o que o mundo oferece, sem limites e sem atentar para as consequências.
Ao abrir mão do seio familiar, consequentemente outras pessoas vão preencher esse espaço, com outras ideias e outros comportamentos. Encontram grupos que parecem exprimir pura felicidade, pessoas que parecem muitos legais, com atitudes que negligenciam as normas que eram contestadas. A vida passa a parecer um parque, onde a diversão e a adrenalina não dão vasão para o corriqueiro, para a coerência, onde não precisa se comprometer, muito menos dar satisfações.
Este mundo oferece muitos atrativos e inúmeras formas de ‘ser feliz’. Todavia tem-se um preço, uma consequência. É triste reconhecer que tantas ofertas não garantem aonde se quer chegar. Ficam perdidos num labirinto, onde já não conseguem acreditar em si mesmos. Não se reconhecem porque distanciados da família, a identidade se esvazia em meio a tantos artifícios. Muitos se abandonam. É desumano pagar esse preço com a própria vida.
Os excessos adoecem e distorcem a pessoa que somos. Mas pelo mesmo livre arbítrio garantimos a possibilidade de resgatarmos tudo o que deixamos pelo caminho. Voltar é uma questão de escolha, de decisão. Alimentamos muitos medos que precisam ser enfrentados. O que pode ser pior que as consequências que acumulamos com as nossas opções? Deus espera que ponhamos fim ao nosso sofrimento e aguarda que façamos a Caminhada para uma Vida Nova, que nos dirijamos ao Seu encontro, ainda que precisemos recolher pedaços do que fomos, porque lá deixamos perdidos.
A barreira que criamos, está cheia de insucessos, de fraquezas e de lamentações. Todavia, ela não é inquebrável e com Jesus Libertador podemos escalar os maiores muros, podemos enxergar novos horizontes. Não devemos nos deixar dominar pela cegueira do espírito. O Pai nos aguarda abrir o nosso coração para atuar conosco, para com Ele lutar contra toda desesperança. Deixemo-nos envolver no Seu amor. Só assim conseguiremos quebrar as amarras que tanto nos sufocam. Deus é para sempre!
* Ouça também o Programa de Rádio “Sobriedade em Cristo” que vai ao ar pela Rádio Arca da Aliança – AM 1260 (todas as segundas-feiras, as 12:30h)
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Malena Andrade – Psicóloga assessora da Pastoral da Sobriedade na Diocese de Blumenau