Palavra: Eclo 17,19-21:
19. “A quem se arrepende, Ele oferece o retorno, e reconforta os que perderam a esperança. Converter-se e louvar a Deus.
20. Converta-se ao Senhor e abandone o pecado. Suplique diante dele e reduza a ofensa que você lhe fez.
21. Volte para o Altíssimo, vire as costas para a injustiça e deteste profundamente aquilo que Ele abomina.”
Deus acompanha a tudo, desde as pequenas coisas até as grandes catástrofes; desde a necessidade daquele que precisa da esmola até a caridade daquele que a dá. Como Aquele que a tudo principia, Ele conhece a nossa história, conhece o nosso caminho, as nossas habilidades e as nossas imperfeições. Sabe das práticas nocivas que praticamos com os outros e conosco mesmos. Até mesmo em nosso pensamento Ele nos acompanha, porque é soberano e a tudo rege.
Fazemos parte de Sua criação e em Seu amor nos deu a liberdade para amá-Lo, para compreender as coisas do Alto, para louvar e adorá-Lo pelo presente da existência, tendo ao nosso redor tantas maravilhas testemunhando a Sua presença. Contudo, herdamos a maldade e a pequenez. Ao invés de nos deixarmos envolver pela alegria de ter em mãos a opção de fazer escolhas, vamos nos apropriando dessa liberdade para definhar a vida, para danificar o nosso espírito, para sujar e rebaixar a nossa condição de filhos.
E essa liberdade vai nos aprisionando, nos enclausurando em armadilhas que a nossa própria pequenez vai tecendo. Vamos sendo sufocados pela nossa miséria. A essa alturas queremos ser socorridos, pois já não aguentamos mais o cárcere do vício, a opressão das mágoas, o peso do estresse e da depressão. E a gente se esquece de que Deus está ali, ao nosso lado, acompanhando o nosso processo de degradação, esperando por uma palavra para nos acolher em Seus braços e nos reconfortar. Mas qual será a palavra que nos tiraria de todo esse sofrimento, que nos desacorrentaria dessas prisões interiores?
Incrivelmente, até a palavra a gente pode escolher, contanto que ela tenha um sentido verdadeiro, de conversão, de desejo profundo, de recuperação: PERDOA-ME!; SALVA-ME!; CURA-ME!; ACOLHE-ME! REGENERA-ME! ABSOLVE-ME! RESTAURA-ME! PROTEGE-ME! AMPARA-ME!; ACEITA-ME!; RESGUARDA-ME!; SUSTENTA-ME! É necessário compreender que mais importante que a palavra é o sentido que ela traz. É isso mesmo que queremos? E o que estamos fazendo para alcançar o que precisamos, ao menos estamos olhando para o lado? Estamos concebendo a presença de Deus em nossa vida ou negamos cada chamado, cada aviso, cada convite que nos é proposto?
Se queremos uma coisa, dizemos outra e fazemos outra completamente diferente daquela que queremos e dizemos; é melhor que paremos e reajustemos o relógio da nossa vida ou não vamos nunca alcançar nossa paz e harmonia. Nosso Pai tem um grande relógio e Ele detém o tempo e a hora de acontecer todas as coisas. Nós somos os seus ponteiros. Então não adianta querer dominar à nossa própria revelia conduzindo por conta própria as nossas direções, ou vamos comprometer também as engrenagens, ou seja, as Suas obras e principalmente o nosso semelhante. Assim, tardaremos o nosso encontro. Jesus vem nos libertar, vem nos dizer que basta que façamos a nossa parte e deixemos que Deus conduza o restante. Não percamos tempo com tantos erros ou vamos enferrujar o espírito. Prestemos mais atenção às coisas que acontecem ao nosso redor e reconheçamos o chamado do Pai ao compromisso de amor.
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Malena Andrade e Silva – Psicóloga assessora da Pastoral da Sobriedade na Diocese de Blumenau