Postado por Blog da CNBB às 19:58
Uma celebração ecumênica marcou o encerramento das atividades do oitavo dia da 49ª Assembleia Geral da CNBB, que começou no último dia 4 de maio e termina na sexta-feira, 13.
A celebração aconteceu no plenário da Assembleia, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho e contou com a participação dos mais de 300 bispos e de representantes das Igrejas Episcopal Anglicana do Brasil; Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; Sirian ortodoxa do Brasil; Sirian Ortodoxa de Antioquia; Presbiteriana Unida do Brasil; Apostólica Armênia e Comunidade Evangélica Carisma de São Paulo. O momento teve ainda a participação do rabino Michel Schelesinger, da Comissão Católico Judaica.
Durante sua homilia, o reverendo Gerson Antônio Urban, da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil, refletiu sobre o capitalismo e momento atual por que passa a humanidade com o consumismo e o antropocentrismo. “Diante dos interesses políticos e de mercado, precisamos falar da Palavra de Deus, do significado do amor de Deus, num momento em que tudo gira em torno da terra e dos interesses do homem”, sublinhou.
O reverendo diante de mais de 300 bispos da Igreja Católica e de representantes de Igrejas cristãs no Brasil, ressaltou que, “para que homens, mulheres e crianças possam ser mais felizes, é preciso criar um espaço onde não há lágrimas, mas que Deus seja um transformador da nossa realidade. “É preciso deixar que o construtor de jardins continue a levar para a humanidade a felicidade que realmente nós podemos ter, que hoje é esmagada pelo lucro, destruição de florestas, poluição”.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da CNBB, dom José Alberto Moura, falou da responsabilidade das Igrejas Cristãs em se preocupar com a unidade e as responsabilidades sociais. “Como Igrejas temos a grande responsabilidade de superar as desigualdades que nos impedem de ser luz. Que Deus nos ajude que, com sua graça, implantaremos melhor o seu reino”.
Dom Manoel João Francisco, bispo de Chapecó (SC) e novo presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) para o próximo quadriênio, destacou os 30 anos da entidade a ser comemorado no próximo ano. Ele chamou a atenção dos presentes na celebração para a importância da promoção do ecumenismo. “Só através da unidade conseguimos formar uma única Igreja capaz de desenvolver trabalhos em prol da humanidade e é assim que iremos caminhar, hoje e sempre”.
Também em nome do Conic, a vice-presidente, presbítera Elinete Wanderley Paes Miller, da Igreja Presbiteriana Unida, falou da alegria da entidade pela eleição do novo presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, e convidou a CNBB a “um diálogo estreito e parceiro na busca pelo ecumenismo”.
O representante da comunidade católico-judaica, Michel Schelesinger, falou dos vínculos entre líderes católicos e judeus no Brasil, “que são constantemente estabelecidos e promovidos como importantes para a unidade e o diálogo inter-religioso”. O rabino lembrou os nomes do novo presidente da CNBB, cardeal Damasceno Assis e do cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, como “promotores incansáveis do diálogo católico-judaico. Schelesinger citou também como promotor do ecumenismo o sociólogo, padre José Bison.