2o Domingo do Tempo Comum, 16 de janeiro de 2022: O NOVO: SEMPRE TEM VINHO! – Comentário de Pe. Osmar Debatin

 

Crédito: Centro Loyola
Crédito: Centro Loyola

 

LEITURAS

1ª leitura: Is 62,1-5 = A noiva é a alegria do noivo
Salmo Responsorial: Sl 95 = Cantai ao Senhor Deus um canto novo
2ª leitura: 1Cor 12,4-11 = Estas coisas a realiza um e mesmo Espírito
Evangelho: Jo 2,1-11 = Jesus realizou este início dos sinais em Caná da Galiléia

 

1 – O “novo” de Deus
A palavra para compreendermos a reflexão das leituras que ouvimos é “novo”. Vamos refletir sobre o “novo de Deus”. Não estou falando de novidade, algo que dura um tempo e desaparece. O “novo de Deus” permanece e provoca mudanças. “Novo de Deus” que tem a ver com “boa nova”, que significa Evangelho. Por isso, existe uma dinâmica evangelizadora na Palavra deste Domingo. A Palavra deste Domingo distingue entre “novidade” e o “novo de Deus”. A novidade é passageira, ao passo que o novo permanece. Evangelizar não é anunciar uma novidade passageira, mas propor um “novo”, propor o “novo de Deus” capaz de transformar a sociedade e a vida pessoal. Como o “novo de Deus” de manifesta? Vamos considerar três palavras.

2 – “Justiça” é a primeira Palavra
A primeira palavra é justiça. Para que o “novo” de Deus aconteça entre nós, dizia Isaias, na 1ª leitura, é necessário contemplar a justiça de Deus. Isaias fala assim porque a sociedade de Israel, no período depois do exílio da Babilônia, tornara-se injusta. Havia uma crise social e o povo estava empobrecido pela corrupção de políticos e daqueles que compravam as terras dos pobres de modo injusto, aproveitando-se das necessidades dos pobres. Sem terra, os pobres não tinham condições de viver por não ter onde plantar. A injustiça estava instalada no meio do povo. O “novo de Deus” proporciona mudança nos relacionamentos sociais fundamentados pela prática da justiça, que é capaz de garantir a vida digna para todos.

3 – “Vinho novo” é a segunda Palavra
A segunda Palavra é “vinho novo”. É uma Palavra que resume o Evangelho. Nossa Senhora aproxima-se de Jesus e comunica que o vinho tinha acabado. Jesus responde de modo seco, chamando Nossa Senhora de “mulher”. O mesmo modo de Jesus tratar sua mãe como “mulher” acontece na Cruz. Não é falta de educação da parte de Jesus. No Antigo Testamento, o povo era chamado de “esposa” de Deus, como ouvimos na 1ª leitura. Ao chamar Maria de mulher, o evangelista João está dizendo que existe um povo que pede um “vinho novo” para viver de modo diferente, com uma vida feliz e com sentido. Maria é a suplicante em nome do povo, pedindo um “vinho melhor” para a vida do povo. Que vinho é esse? A compreensão está na ordem de Maria: “fazei tudo o que ele vos disser”. É a indicação de uma estrada: vivam fazendo aquilo que “ele diz”, ou seja, vivam o Evangelho. O “vinho novo” é o Evangelho e viver o que Jesus diz no Evangelho é encontrar um sentido novo para se viver.

4 – “Bem comum” é a terceira palavra
Por fim, a terceira Palavra é “bem comum”. O “novo” de Deus favorece a vida pessoal e a vida da comunidade. A gente tem o costume de ler a 2ª leitura como se fosse uma poesia. Na realidade, Paulo escreveu este texto porque a comunidade de Corinto vivia em pé de guerra, com divisões internas, com brigas pelo poder, com pessoas querendo usar a religião e a Igreja para aparecer. Paulo diz que tais atitudes são coisas antigas, que não tem nada a ver com o “novo” do Evangelho. Deus derrama o seu Espírito para o serviço e, servindo, todos cooperam com o bem de todos. Quando acolhemos o Espírito de Deus em nós, a justiça divina acontece na comunidade, como dizia a 1ª palavra, todos bebem do vinho novo, como acabamos de refletir, e todos se tratam de modo fraterno em vista do bem comum, no dizer da 2ª leitura. Por isso, como dizia no início, o Evangelho não é uma simples novidade, que se esquece com o tempo, mas é o “novo de Deus”, que permanece e provoca mudanças na vida pessoal e social.

Pe. Osmar Debatin, doutor em Teologia Bíblica – Pàroco de Santo Ambrósio, Ascurra – Diocese de Rio do Sul, SC

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