Palavra: Rm 7,15-20:
15. “Não consigo entender nem mesmo o que faço; pois não faço aquilo que eu quero, mas aquilo que mais detesto.
16. Ora, se eu faço o que não quero, reconheço que a Lei é boa;
17. portanto, não sou eu que faço, mas é o pecado que mora em mim.
18. Sei que o bem não mora em mim, isto é, em meus instintos egoístas. O querer o bem está em mim, mas não sou capaz de fazê-lo.
19. Não faço o bem que quero, e sim o mal que não quero.
20. Ora, se faço aquilo que não quero, não sou eu que o faço, mas é o pecado que mora em mim.”
Paulo fala nesta Carta sobre os nossos conflitos interiores e a maneira como nós julgamos as nossas ações. O pecado, o mal, os vícios, as incertezas, fazem parte de nós porque somos fracos, e não temos coragem de admitir com franqueza o quanto somos impotentes diante de situações que não conseguimos controlar. Como Paulo, também queremos fazer o bem, queremos nos manter sóbrios, queremos acertar nas decisões que tomamos com relação aos nossos familiares, mas não conseguimos. Deixamos o egoísmo falar mais alto. Deixamos nossa obstinação trabalhar contra nós. O que temos que fazer para que esses impulsos não interfiram de maneira maléfica em nossa vida?
Aquele que hoje vivencia o Programa de Vida Nova é capaz de admitir suas fragilidades; é capaz de reconhecer sua miséria espiritual; consegue olhar para si próprio e se perguntar: o que eu posso fazer para que a minha vida se torne melhor e consequentemente a vida de quem vive ao meu lado? A Caminhada de Sobriedade resgata os vínculos familiar e social. Sozinhos, somos capazes de muito pouco. E por isso o Grupo de Autoajuda torna possível despertar para um desejo maior em conhecer o Cristo de maneira mais intensa, gerando atitudes novas, contrárias às que fazíamos anteriormente.
Quando admitimos que somos pecadores, começa em nós a conversão. Admitir honestamente sobre nossos próprios erros, nossas falhas, nossas mentiras, nossos maus hábitos, nossos pensamentos tortuosos; admitir humildemente a nossa limitação humana é o primeiro passo para a libertação. É a primeira condição para que tenhamos uma aproximação verdadeira com o Pai, para que criemos intimidade na oração. O caminho é difícil e depende da nossa resistência, mas não é impossível. É preciso ter garra, determinação e perseverança. É claro que em qualquer caminho existem obstáculos a ser enfrentados. Todavia, a questão é: que resultados alcançaremos trilhando esse Caminho?
A libertação acontece de dentro pra fora. É preciso admitir que o bem e o mal é um crivo da nossa liberdade, para que possamos escolher, para que não nos tornemos escravos do sofrimento, das angústias, dos desânimos e das insatisfações. Mas é importante fazer a opção que nos deixa livres de tudo isso. Se tivéssemos uma bola de cristal, tudo seria mais fácil, certo? ERRADO. Daí a gente não precisaria mais pensar, escolher, desejar, criar… Que significado teria a nossa existência?
Ser pessoa de Deus nos dias de hoje tornou-se um desfio muito grande, pois somos bombardeados com inúmeros atrativos pra nos distanciarmos desse bem que devemos sentir, pensar e praticar. Portanto, se deixarmos a espiritualidade florescer em nós, o pecado vai perdendo força. Jesus Cristo combateu o mal com o amor. E Ele também foi enérgico, com amor, e falou de amor e vivenciou o amor com os discípulos. Devemos convidá-Lo, Ele que é o Bem Maior, para fazer morada em nosso coração, em nossa vida, e assim teremos como resistir a essa luta constante que existe em nós.
* Ouça também o Programa de Rádio “Sobriedade em Cristo” que vai ao ar pela Rádio Arca da Aliança – AM 1260 (todas as segundas-feiras, as 12:30h)
http://www.radios.com.br/aovivo/Radio-Arca-da-Alianca-1260-AM/18403