E A DIOCESE DE BLUMENAU, QUANDO?
É grande a expectativa da criação e instalação da futura Diocese de Blumenau. Mais: é grande também a necessidade pastoral a exigir este passo da Igreja em nossa promissora e desafiadora região. O número de paróquias e de habitantes com a extensão territorial mostram a urgência de que a mesma Diocese seja oficialmente instalada. Embora o Bispo de Joinville, zelosamente, está oportunizando audiências em Blumenau todas as sextas feiras, um bispo aqui residente, sem dúvida, daria outro dinamismo e outra vida à caminhada da Igreja local.
Para se ter uma ideia da abrangência geográfica da futura Diocese, vejamos que alguns Municípios pertencentes a duas vizinhas Igrejas Particulares passarão para a Igreja Particular de Blumenau. São eles: Benedito Novo e Doutor Pedrinho, de Rio do Sul, e Luiz Alves, Piçarras, Penha, Navegantes e Ilhota, da Arquidiocese de Florianópolis.
Dom Orlando Brandes, consciente da necessidade de que Blumenau seja sede de Diocese, incentivou muito a agilização do encaminhamento nesse sentido. As exigências burocráticas estão preenchidas junto às instâncias competentes.
Uma das maiores dificuldades para termos em Blumenau esta nova realidade é a falta de bispos em muitas Dioceses do Brasil. Mesmo em Santa Catarina, exatamente a metade das oito Dioceses esperam um novo bispo. Acrescente-se que também tem-se para breve a criação e instalação da Diocese de Criciúma. Aliás, precedendo Blumenau quanto ao tempo de solicitação e penso eu, igualmente quanto às necessidades pastorais e sociais. Ainda os candidatos ao episcopado são escolhidos com prudência e certo rigor de cr5itérios. Não pe para menos, pois trata-se de um encargo corajoso e difícil, principalmente nos dias conturbados que vivemos. Sem dúvida, tempos de graça e de esperança, mas parecem bem mais nebulosos e sombrios diante dos desafios emergentes à missão da Igreja.
Manifestamos, porém, a nossa certeza e a nossa confiança de que, neste ano ou n o próximo, teremos o nosso bispo de Blumenau e nossa Diocese aqui instalada. Para que isso aconteça, é preciso dizer que não devemos esperar que tudo venha de cima para baixo. É verdade, isso deve suceder também. Mas é verdade também que a nossa oração, o nosso empenho pastoral nas Paróquias, nos Grupos de Reflexão, nos Movimentos Eclesiais, poderão apressar este sonhado acontecimento.
(Artigo publicado no Jornal da Noite, no dia 05.06.1998)
Pe. Raul Kestring