No dia 11 de fevereiro de 2004, com imensa dor e, ao mesmo tempo, cheios de confiança na misericórdia de Deus, sepultávamos nosso cunhado, genro, pai, irmão, tio, Gregório Peron, no Cemitério Jardim da Paz, no bairro Fortaleza, em Blumenau.
Ao final do dia, dirigia-se ele para casa, após dedicado e duro trabalho. Já próximo do destino, um grupo de assaltantes o deteve e foram-lhe desferidos diversos e mortais tiros de revólver. Em poucos segundos, ele deixava este mundo.
Com tantos irmãos que assim assassinados perderam a vida, neste Dia de Finados, lembramos com fé e saudade deste nosso ente querido.
Aliás, o CONIC – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – convocou os cristãos e pessoas de boa vontade a recordarmos das vítimas da violência no período da ditadura no Brasil e em diversos países da América Latina. Além disso, escreve o presidente do mesmo CONIC e bispo de Chapecó, o catarinense Dom Manoel João Francisco: “Nesta celebração, também queremos lembrar as vítmas das chacinas dos dias atuais. Sabemos que diariamente pessoas desaparecem ou são assassinadas. São histórias interrompidas. Estas mortes permanecem sem respostas, assim como as mortes dos desaparecidos políticos” (Cf. Carta aos Regionais, 15/10/2012).
Para se ter uma idéia, do CONIC, em âmbito nacional fazem parte plenamente as Igrejas: Católica Romana – ICAR, Episcopal Anglicana ndo Brasil – IEAB, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB, Sirian Ortodoxa de Antioquia – ISOA, e Presbiteriana Unida – IPU.
A Carta do presidente do CONIC inspira-se expressamente na Palavra de Deus, contida no Profeta Isaías (56,7): “A casa de meu Pai será casa de oração para todos os povos”.
Que nossa oração por estes irmãos e irmãs que partiram deste mundo de forma tão trágica não sejam feiras somente nesta ocasião de Finados. Incluindo seus familiares, rezemos sempre por eles. E muito especialmente para que vivamos em paz, no respeito à dignidade das pessoas, criadas à imagem e semelhança de Deus.
Gregório Peron, nossas saudades e preces por você, pelo seu descanso eterno! Injusta e violentamente assassinados do nosso mundo, da nossa história, dos nossos tempos, o Deus da vida e da misericórdia acolha-os na sua paz e felicidade eternas.
“Senhor, fazei-nos instrumentos da vossa paz!” (São Francisco de Assis)