Palavra: Ef 5, 1-14:
1. “Sejam imitadores de Deus, como filhos queridos
2. Vivam no amor, assim como Cristo nos amou e se entregou a Deus por nós, como oferta e vítima como perfume agradável.
3. Fornicação, impureza e avareza não sejam nem assunto de conversa entre vocês, pois isso não convém a cristão.
4. O mesmo se diga a respeito de piadas indecentes, picantes ou maliciosas. São coisas inconvenientes. Em vez disso, dêem graças a Deus.
5. Estejam certos de uma coisa: nenhuma pessoa imoral, impura ou avarenta – pois a avareza é uma idolatria – jamais terá herança no Reino de Cristo e de Deus.
6. Ninguém engane vocês com argumentos vazios, porque essas coisas atraem a ira de Deus sobre os desobedientes.
7. Não sejam cúmplice deles!
8. Outrora vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor. Por isso comportem-se como filhos da luz.
9. O fruto da luz consiste em toda bondade, justiça e verdade.
10. Saibam discernir o que é agradável ao Senhor.
11. Não participem das obras estéreis das trevas: pelo contrário, denunciem tais obras.
12. Dá até vergonha dizer o que eles fazem às escondidas.
13. Porém, tudo o que é denunciado, torna-se manifesto pela luz,
14. pois tudo o que se torna manifesto é luz. É por isso que se diz: ‘Desperte você que está dormindo. Levante-se dentre os mortos, e Cristo o iluminará. ’”
A vida nova compreende a renovação de todas as atitudes do homem. Fazer a opção pela sobriedade significa deixar pra traz o homem que se era, ou pelo menos não querer ser mais este mesmo homem. Somos muito apegados a nós mesmos, e abandonar os nossos vícios e pequenez é algo muito difícil porque estamos presos às nossas misérias. Queremos sempre as coisas mais fáceis, e nos tornamos muito cômodos diante das dificuldades. Ainda mais se nos apresentam atalhos, caminhos rápidos para se ter um prazer, nem que seja pra esquecer um pouco o desgaste dos enfrentamentos. As pequenas coisas ditas e feitas vão nos afastando da graça de Deus e das pessoas. Aos poucos, nossos caminhos se tornam tortuosos e obscuros. Nossas falhas vão nos envergando, nos tornando pesados e com os olhos perdidos no vazio da nossa individualidade.
A Palavra de Deus nos convida a erguer a cabeça e trilhar um Novo Caminho, cheio de esperança e de perspectivas diferentes daquelas que conhecíamos até então. É um Caminho árduo, mas que conforta; é um Caminho de luta, que nos faz vitorioso, um Caminho de reconstituição do nosso interior e da nossa espiritualidade. Entender a definição de Luz requer compreender que há um livre arbítrio e que este nos é dado por Deus para que possamos dizer não a tudo aquilo que nos leva a morte, seja do corpo ou do espírito. O Caminho negado pode nos levar à escuridão. Abandonar-se à sorte das ofertas mal refletidas, dos riscos e das vantagens podem nos deixar numa encruzilhada sem solução, perdidos e distantes daquilo que realmente queremos.
As palavras ditas ou atos feitos hoje terão consequências em nosso amanhã. Também repercutirá sobre aqueles que estão à nossa volta. Portanto, decidir entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, entre a vida e a morte é uma questão de livre arbítrio. Todavia, uma vez fazendo a escolha ou se deixando levar por ela, a consequência será a mesma. Sabemos as atitudes e pensamentos que comportam o bem, assim como temos consciência das ações do mal. É necessário que acolhamos e que assumamos as nossas direções, e mesmo que os obstáculos se apresentem estaremos convictos e desejosos da Caminhada de Vida Nova que queremos trilhar.
Aquele que não toma a decisão vive em um tormento constante, agonizando pela sua fraqueza e a nada consegue se apegar para aliviar a sua dor. Deus nos aponta a direção do amor, da compaixão, da caridade, da humildade, do desapego, da benevolência, da coerência, da justiça e da verdade. Saibamos optar por aquilo que nos aproxima de Deus e renunciemos às obras más. Comportemo-nos como filhos da Luz para ter como herança a vida eterna.
Ouça também o Programa de Rádio “Sobriedade em Cristo” que vai ao ar pela Rádio Arca da Aliança – AM 1260 (todas as segundas-feiras, as 12:30h)
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Malena Andrade e Silva – Psicóloga assessora da Pastoral da Sobriedade na Diocese de Blumenau
